Rádio Hinos Inspirados


sábado, 17 de janeiro de 2015

MANTRAS GOSPEL

"Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer".
1Coríntios 12.7,11


Muitos vivem a criticar as seitas e religiões orientais pelo seu modo de se relacionar* com o "divino" e como alcançar a este. Exemplo real são os mantras que muitas religiões praticam em seus cultos, reuniões, encontros e rituais. Canções que acompanhadas por sinos, percussões, palmas levam os adeptos à entrarem em êxtase.
*assista o documentário Deuses da Nova Era. Não se espante com algumas coincidências.

Partindo desse ponto, me encaminho para o cenário da Igreja Evangélica Brasileira, onde muito desse estilo de cultuar oriental pode ser encontrado, ainda que de forma discreta, embaçada e em alguns lugares, escancarada mesmo!

Nós pentecostais, por bastante tempo criamos algumas "regras" que - diziam os antigos - favoreceriam o manifestar do Santo Espírito de Deus. Em alguns lugares ainda é possível verificar tal situação.

Ao citar trechos bíblicos, precisa-se verificar como, quando, onde e por quê, o escritor bíblico registrou tal fato e ver se o mesmo pode ser aplicado para o atual contexto nosso, século XXI.

Nestes últimos dias tem-se constatado que o ocorrido em muitos cultos está mais ligado à Psicologia/Psiquiatria do que à Escriturística. A Psiquê em detrimento do Logos. E é justamente aí que reside o perigo. Por falta de compreensão - ou preguiça mesmo -, muitos líderes tem colocado o povo para que ao toque de determinado comando, reaja segundo o objetivo proposto.

Não é teclando o modo repeat que vai fazer com que o Espírito Santo venha sobre o Seu povo e opere nele. Não são canções específicas tocadas e cantadas na forma repetitiva sem fim, que farão com que o Reino seja manifestado no meio da congregação. Louvor NÃO É mantra!!! O apóstolo Paulo deixa BEM CLARO que é o Espírito Santo que opera quando, onde, como e em quem ele quiser (1Co 12.7,11).

O fato ocorrido em Israel, quando na consagração do Templo de Salomão (1Rs 8.1-13) não deve ser tomado como base, pois o contexto é completamente diferente em relação à Dispensação da Graça/Espírito, assim como o fato registrado em 2Rs 3.15 não deve ser usado também como base, pelo mesmo motivo da primeira referência citada.

TUDO o que a Igreja precisa e DEVE saber em relação à gloriosa manifestação do Espírito Santo encontra-se nas Cartas Doutrinárias Paulinas, principalmente a 1ª Carta aos Coríntios, capítulos 12 e 14. Viver Paracletologia/Pneumatologia tendo como base primária o VT é perigoso, pois é clara a distinção da operação do Espírito em ambas dispensações.

Não precisamos de técnicas externas, seculares, místicas, espúrias e totalmente fora das Escrituras e Sua fiel interpretação. Chega de mistura, de morte na panela. O povo merece ser alimentado de verdade. Do contrário, continuaremos a ver zumbis (Ap 3.1) no meio da Ekklesia.


Lembremos: "NEM TUDO O QUE RELUZ, É OURO!!!"


Em Cristo,

Ir. Márcio da Cruz

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

OS OLHARES DE LÓ




E tomou Tera a Abrão, seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai, sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã e habitaram ali. E foram os dias de Tera duzentos e cinco anos; e morreu Tera em Harã”. Gênesis 11.31,32 (ARC)

E levantou Ló os seus olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes de o SENHOR ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do SENHOR, como a terra do Egito, quando se entra em Zoar. Então, Ló escolheu para si toda a campina do Jordão e partiu Ló para o Oriente; e apartaram-se um do outro. Habitou Abrão na terra de Canaã, e Ló habitou nas cidades da campina e armou as suas tendas até Sodoma”. Gênesis 13.10-12 (ARC)

Quando os tinham tirado para fora, disse um deles: Escapa-te, salva tua vida; não olhes para trás de ti, nem te detenhas em toda esta planície; escapa-te lá para o monte, para que não pereças. Respondeu-lhe Ló: Ah, assim não, meu Senhor. Eis que agora o teu servo tem achado graça aos teus olhos, e tens engrandecido a tua misericórdia que a mim me fizeste, salvando-me a vida; mas eu não posso escapar-me para o monte; não seja caso me apanhe antes este mal, e eu morra. Eis ali perto aquela cidade, para a qual eu posso fugir, e é pequena. Permite que eu me escape para lá (porventura não é pequena?), e viverá a minha alma”. Gênesis 19.17-20 (ARA)

Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”. Jeremias 17.9 (ARA)

“​Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo”. 1João 2.16 (ARA)


 
Quando criança, aprendi um corinho na Escola Dominical que dizia assim:
"Cuidado olhinho com o que vê!
 Cuidado olhinho com o que vê!
O nosso Salvador está olhando pra você!
Cuidado olhinho com o que vê!"


Ao analisarmos a vida de Ló, encontramos lições muito preciosas para nós, hoje. Como a Bíblia afirma “tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito (Rm 15.4)” e “Toda Escritura é divinamente inspirada (2Tm 3.16 - ARA)”, então, devemos atentar para o proceder dos que vieram muito antes de nós e aprender com seus passos.

Começando a nossa análise, surge a pergunta: “Quem autorizou Abrão levar seu sobrinho para a viagem rumo a Canaã?”.

A ordem de Deus foi expressa: “Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei (Gn 12.1)”. A palavra parentela fecha em definitivo a possibilidade de Abrão em tomar Ló, seu sobrinho e se tornar tutor dele, mesmo que a cultura da época o apoiasse. Era apenas Abrão e Sarai, sua esposa!

Essa atitude do patriarca acabou trazendo problemas. Para ele e para a sua descendência. Quando na saída do Egito, houve uma desavença entre os pastores de Abrão e os pastores de Ló, o que levou Abrão a dar ao seu sobrinho Ló, a opção de escolher uma terra para o seu patrimônio. Dr. Richards diz que “Ló agiu contra os costumes da época não dando a Abraão, seu tio mais velho, a primazia da escolha, ainda que Abraão a tivesse oferecido”.
 
Ló diante da oportunidade, cometeu o primeiro erro dele: Levantou os seus olhos e viu (Gn 13.10), ou seja, confiou nos próprios olhos! Como a razão dele estava ofuscada pela beleza da campina do Jordão, ele não conseguiu enxergar além, algo primordial: seus arredores! Apesar de crente verdadeiro (2Pe 2.7-8), Ló tinha um gostinho pelas coisas do mundo. Conforme alguém comentou: “Ló ficou com grama para seus rebanhos, enquanto Abrão ficou com graça para seus filhos”. O fato de os homens de Sodoma serem maus e grandes pecadores contra o Senhor não influenciou a escolha de Ló. E bem sabemos o resultado de tudo isso. Ló não conseguiu ter uma família funcional, não possuía moral e autoridade sobre os moradores da cidade e não cria de forma tão intensa como seu tio Abraão, nos mensageiros do Senhor.
 
Isto nos leva ao segundo erro na vida de Ló: Ah, assim não, meu Senhor! (Gn 19.18 - ARA)  Vê! Aqui perto há uma pequena cidade (Gn 19.20 - CEP).
Ao ser orientado pelo anjo do Senhor para fugir para o monte*, ele mais uma vez foi vencido pela emoção, ao se deixar dominar pelo medo. Achava que o monte indicado pelo anjo do Senhor não lhe daria a segurança que ele esperava. Então, ele negociou com o anjo, pedindo-lhe que este o permitisse ir para uma pequena cidade, crendo que nada aconteceria com ele. O que de fato aconteceu. Ele não foi vítima do castigo vindo sobre Sodoma e Gomorra, mas, teve que arcar com algo bem pior: o incesto praticado por suas filhas e os filhos nascidos desta relação, que tornaram-se mais tarde inimigos dos israelitas, descendentes de seu tio Abraão. Povos que atormentaram a vida de Israel: as mulheres moabitas seduziram os homens de Israel à imoralidade (Nm 25.1-3), e os amonitas ensinaram o povo a adorar o deus Moloque, inclusive com a prática do sacrifício de crianças (lRs 11.33; Jr 32.35).
 
O problema de Ló (como o de muitos de nós), foi no que e como ele viu. E este ver não está ligado à visão, mas às intenções do coração, que quando alimentado pela natureza caída herdada de Adão, colherá o que Paulo disse aos gálatas: Corrupção (Gl 5.8a).
 
Paulo disse que “andamos por fé e não pelo que vemos (2Co 5.7 - ARA)”. Lembremos também do fato ocorrido com Jesus, que estando sob intensa provação, Lhe foi MOSTRADO todos os reinos e glórias do mundo (Mt 4.8) e mesmo diante do exposto, Ele prosseguiu firme na vontade do Senhor, entregando-se a Ele irrestritamente, pois Seus olhos estavam fixos nAquele que tem o melhor para os Seus!

Que miserável figura a de Ló! Anteriormente tão rico e tão abençoado, por meio de uma escolha materialista foi reduzido a viver numa caverna onde sofreu a indignidade descrita em Gn 19.36. Tragédia, desgraça, desespero e morte estão sobre os seus epitáfios. "Não se enganem: ninguém zomba de Deus. O que uma pessoa plantar, é isso mesmo que colherá" (Gl 6.7 - NTLH). Sendo assim, o exemplo de Ló deve servir de alerta para nós de que não vale a pena deixar de confiar no Senhor e no que Ele tem para nós, por mais belo (campina) e/ou humilde (pequena cidade) que alguma coisa aparente ser. Sigamos o conselho do escritor aos hebreus: “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus”. Hb 12.2 (ARA)

 
No Amor de Cristo,
Ir. Márcio Cruz

 


*“Uma possibilidade, a mais aceita hoje em dia, é de que se deve identificar shadday com o vocábulo acadiano sadu, "montanha". Dessa maneira a tradução de 'êl shadday seria "Deus da montanha", ou seja, a morada de Deus. Deve-se entender a terminação ay como um sufixo adjetivo (e, por isso, a tradução "... da ..."), um aspecto morfológico agora demonstrado em ugarítico”. Partindo desse pressuposto, não seria espanto a orientação angelical para Ló e sua família. Sendo Deus, o Deus das Montanhas, a segurança de Ló estaria garantida.
 

Bibliografia

  • Bíblia Sagrada Almeida Revista e Atualizada- ARA
  • Bíblia Sagrada Almeida Revista e Corrigida - ARC
  • Bíblia Sagrada Católica Edição Pastoral - CEP
  • Bíblia Sagrada Nova Tradução na Linguagem de Hoje - NTLH
  • Comentário Adam Clarke - Gênesis
  • Comentário Bíblico Beacon, Gênesis - George Herbert Livingston
  • Comentário Bíblico do Professor - Lawrence Richard
  • Comentário Bíblico Expositivo AT, Pentateuco - Warren W. Wiersbe
  • Comentário Bíblico Moody - Charles F. Pfeiffe
  • Comentário Bíblico Popular AT - William MacDoanld
  • Dicionário Bíblico Strong - Léxico Hebraico, Aramaico e Grego
  • Dicionário Internacional de Teologia do AT - R. Laird Harris, Gleason L. Archer Jr., Bruce K. Waltk 
  • O Antigo Testamento Interpretado Versículo Por Versículo, Gênesis - Russell N. Champlin 
  • O Novo Comentário da Bíblia, 1963 – F. Davidson
  • Pequeno Atlas Bíblico, Tim Dowley 
  • Série Cultura Bíblica AT, Gênesis - Introdução e Comentário - Derek Kidner

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O QUE ACONTECERÁ DEPOIS?



Certo moço, tendo terminado o curso secundário, recebeu de seu pai licença para ingressar na Universidade, a fim de tirar o curso de Direito.

Entusiasmado, comunicou este fato a um tio, experimentado e de idade avançada, o qual replicou apenas a seguinte pergunta: “E depois?”

“Depois serei um advogado importante, de boa reputação, ganhando assim fama e muito dinheiro.”
 
“E depois?”, continuou o tio.

O moço respondeu: “construirei família, casando com uma bela e culta moça”.

“E depois?”, continuou o tio. 

Depois gozarei uma velhice feliz e sossegada, foi a resposta alegre do moço.

“E depois?”, continuou o homem experimentado.

Agora morreram as palavras nos lábios do velho estudante.

Depois... Depois...

A Bíblia diz: “Está ordenado aos homens morrerem uma só vez, vindo depois disto o juízo” (Hebreus 9.27).
 
“E depois?”. Esta pergunta deve estar pairando em sua mente, querido leitor, e vive a pergunta: “Preciso ser salvo?”.


PRECISO SER SALVO?

Eu respondo que sim, pois a Bíblia diz: “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3.23). Sendo assim, o homem está separado do seu Criador: Deus. “Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobre o Seu rosto de vós, pra que vos não ouça” (Isaías 59.2).

Posso ser salvo?

Sim, o Salvador convida a todos os homens para que venha a Ele. “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei... E achareis descanso para as vossas almas” (Mateus 11.28 e 29).


COMO POSSO SER SALVO?

Confessando o Senhor Jesus diante dos homens. “Se com a tua boca confessares o Senhor Jesus, e em teu coração credes que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo” (Romanos 10.9). 

Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1João 1.9).

Aí onde você está, e como está, poderá obter resposta do “depois da morte”, abrindo o seu coração e obtendo Cristo como o único e todo suficiente Salvador de sua alma imortal.

Se for a Cristo não será rejeitado, pois Ele próprio afirmou em João 6.37: “Aquele que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora”.


Pr. Eli Martins de Souza

OS MANUSCRITOS DA BÍBLIA



 
Manuscritos bíblicos são "rolos" ou "códices" do texto bíblico, escritos à mão. O rolo era um volume de lâminas de papiro ou pergaminho. Era preso a dois cabos de madeira para facilitar o manuseio durante a leitura. Era enrolado da direita para a esquerda. Sua extensão dependia do volume de escrita a ser registrada. Portanto, antigamente não era fácil alguém conduzir pessoalmente os 66 livros da Bíblia com fazemos comodamente hoje.

O códice é MS em formato de livro de tamanho grande, feito de pergaminho. As folhas do Códice têm normalmente 65 cm de altura, por 55 cm de largura. Este tipo de MS da Bíblia começou a ser usado no Século II.


A caligrafia dos MSS

Há dois tipos de caligrafia ou forma gráfica nos MSS bíblicos, o que os divide em unciais e cursivos. Uncial é o MS de letras maiúsculas e sem separação entre as palavras. Tal diferença na forma gráfica deu-se no Século X. Palimpcesto é MS reescrito; isto é, a escrita primitiva era raspada e novo texto era escrito por cima. Isso ocorria devido ao alto preço do pergaminho. Inutilizava-se assim a escrita para usar o mesmo material gráfico.

Os manuscritos originais não tinham sinais de pontuação. Estes foram introduzidos na arte de escrever em época recente. É evidente que a pontuação moderna não é inspirada, e por isso, às vezes, dificulta o sentido das palavras da língua original.


MSS bíblicos existentes mais antigos e mais importantes

Nos tratados sobre a Bíblia, a palavra manuscrito é sempre indicada pela abreviatura MS; no plural: MSS ou MSs. Esses manuscritos atestam a autenticidade do texto bíblico.


MSS do AT (Antigo Testamento) em hebraico

Até a descoberta dos MSS do mar Morto, em 1947, os mais antigos MSS do AT em hebraico eram:
  1. O códice dos Primeiros e Últimos Profetas. Está na Sinagoga Caraíta do Cairo, Egito. Foi escrito em Tiberíades, Galiléia, em 895 d. C., por Moses Ben Asher, erudito judeu de renome.
  2. O códice do Pentateuco: Escrito cerca de 900 d.C. Está no Museu Britânico, Londres, sob o número 4445. Foi escrito por um filho de Moses Ben Asher: Arão.
  3. O códice Petrogradicino- Escrito em 916 d.C. Contém apenas os últimos Profetas, segundo o cânon do AT hebraico, a saber: Isaías, Jeremias, Ezequiel, e os Doze Profetas Menores (quatro livros). Veio da Criméia, Ucrânia. Está na biblioteca de Leningrado (a antiga Petrogrado), na Rússia.
  4. O códice Aleppo. Contém todo o Antigo Testamento. Copiado por Shelomo Ben Bayaa. Seus sinais vocálicos foram inseridos por Moses Ben Asher, cerca de 940 d.C. Em anos recentes foi trazido secretamente da Síria para Israel; Aleppo fica na Síria. Este MSS está na universidade Hebraica de Jerusalém. Utilizado como base da nova Bíblia Hebraica preparada pela universidade.
  5. O códice B19 A. Está na biblioteca de Leningrado, Rússia. Data: 1008 d.C. Foi transcrito por Moses Ben Asher cerca de 1000 d.C. Foi depois copiado no Cairo em 1008 d.C. por Samuel Ben Jacob. Este é o mais antigo MS datado e completo do A.T. em hebraico.
  6. O rolo do livro de Isaías, Mar Morto, 1947. Em 1947, nos rolos descobertos nas proximidades do Mar Morto, foi encontrado um MS do profeta Isaías, em hebraico, do ano 100 a. C., isto é, 1000 anos mais velho que o mais antigo MS até então existente. O texto deste MS concorda com o da autenticidade das Sagradas Escrituras, sabendo-se que esse rolo de Isaías tem agora mais de 2000 de existência
 
 
Manuscritos do AT e do NT em Grego

É digno de nota que os mais antigos manuscritos (MSS) da Bíblia estão escritos em grego. Esses MSS não são originais saídos das mãos dos sacros autores; são cópias dos originais (os quais eram chamados autógrafos).

Pela ordem cronológica, vejamos os mais antigos MSS existentes da Bíblia em grego.
  1. Códice Vaticanus, ou B – Pertence à biblioteca do Vaticano. Data: 325 d.C. O AT é cópia da Septuaginta. Contém os Livros Apócrifos em separado. É um MS uncial; isto é, só contém maiúsculas.
  2. Códice Sinaítico, ou Álefe - Pertence ao Museu Britânico, Londres: Data: 340 d.C. Foi descoberto pelo erudito cristão alemão, Tischendorf, em 1844, no Mosteiro de Santa Catarina, ao sopé do Monte Sinai.
  3. Códice Alexandrino, ou A - pertence ao Museu Britânico, Londres. Data: 425 d.C. Tem este nome por ter sido escrito em Alexandria e porque também pertenceu à sua famosa e grande biblioteca. Em 1621 foi levado à Constantinopla por Cirilo Lúcar, patriarca de Alexandria. Em 1624, Cirilo presenteou este MS ao rei Tiago I, da Inglaterra, o mesmo rei que autorizou o preparo da famosa versão inglesa da Bíblia Authorized Bible, ou King James Version, de 1611. É um MS unicial.
  4. O Códice Efráemi, ou C - Pertence ao Museu do Louvre, Paris. Data: 345 d.C. É um palimpcesto. Ao ser-lhe restaurada a primeira escrita, constatou-se serem ambos os Testamentos incompletos. O doutor Tischendorf publicou-o em 1845. É bilíngue; grego e latim.
  5. O Códice Bezae, ou D – Pertence à biblioteca da Universidade de Cambridge, Inglaterra. Data: Século VI. Contém os Evangelhos, Atos e parte das Epístolas.
  6. Códice Claromontanus, ou D2 - Pertence ao Museu do Louvre, Paris. Data: Século VI. Contém as Epístolas Paulinas. Estes três últimos MSs são todos uniciais.
 
 
Os Manuscritos do Mar Morto (200 a. C. a 100 d.C)

Num dia de verão em 1947, o beduíno árabe, pastor de ovelhas Muhamad ad Dhib, da tribo dos Taa'mireh, que se acampa entre Belém e o mar Morto saiu à procura de uma cabra desgarrada nas ravinas rochosas da costa noroeste do referido pastor junto à encosta do úadi Qúmram. Ao atirar uma pedra numa das cavernas ouviu o barulho de cacos se quebrando. Ele entrou na caverna e encontrou uma preciosa coleção de MSS bíblicos guardados em vasos de cerâmica: 12 rolos de pergaminho e envolvidos em panos de linho. Outras cavernas foram investigadas e novos MSS foram encontrados.

É muito edificante sabermos que os textos desses MSS encontrados concordam com os das Bíblias da atualidade. Noutras palavras: a autenticidade da Bíblia é algo irrefutável e indiscutível.

Pesquisas posteriores revelaram que os MSS do Mar Morto foram escondidos nas cavernas daquela região pelos essênios – seita ascética judaica, durante a segunda revolução dos judeus contra os romanos em 132-13 d.C. Os responsáveis por um grande mosteiro agora descoberto, ao verem aproximar-se as tropas de Roma, esconderam ali sua biblioteca. Nas 267 cavernas examinadas, foram encontrados fragmentos de 332 obras ao todo. Nos MSS do Mar Morto trechos de todos os livros do AT, exceto o livro de Ester.


A razão da falta de manuscritos bíblicos originais

A falta atual de MSS originais provém do seguinte:
  1. O costume dos chefes religiosos judeus de enterrar todos os MSS estragados pelo uso, ou por qualquer outra razão. Isto, para evitar sua profanação, mutilação, ou interpolação espúria.
  2.  Os reis desviados, idólatras e ímpios de Israel podem ter destruído muitos dos MSS, ou contribuído para isso. Ver o triste episódio relatado em Jeremias 36.20-26.
  3. O rei bárbaro e opressor Antíoco Epifânio, da Síria (175-164 a.C.), dominou com mão de ferro a Palestina durante o seu reinado. Foi extremamente cruel e sádico. Seu propósito era exterminar a religião judaica. Assolou Jerusalém em 168 a. C.; profanou o Templo e destruiu quantas cópias achou das Escrituras.
  4. Nos dias do mau imperador romano Diocleciano (284-305 d.C.), por sua ordem, os perseguidores dos cristãos destruíram quantas cópias acharam das Escrituras.
  5. A literatura judaica afirma que a missão da Grande Sinagoga, presidida por Esdras, foi a de reunir e preservar os MSS originais do AT de que se serviram os setenta tradutores da Septuaginta - a primeira versão das Escrituras do hebraico para o grego, poucos séculos antes de Cristo. Foi nessa Grande Sinagoga que a literatura judaica encerrou o cânon do AT.


Pr. Antônio Gilberto




domingo, 4 de janeiro de 2015

PROCLAMAR E DEFENDER





O apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios disse: "Sede meus imitadores, assim como eu sou de Cristo" (1Co 11.1). E ele era tanto um proclamador das Boas Novas do Reino do Altíssimo (Rm 1.1), como defensor deste Reino (Fp 1.16).
O 'politicamente correto', a 'finésse', o 'deixa pra lá', o 'não julgueis' e o 'vamos orar' não pode encontrar espaço dentro do Reino quando a base dEste está ameaçada, seja por inimigos externos e internos.
É preciso lutar, defender com a armadura de Deus (Ef 6.10-18) o Reino contra toda e qualquer investida que busque comprometer a integridade do Reino e de seus cidadãos (1Tm 4.16 ).
É preciso coragem, sabedoria e temor a Deus. E estas coisas, só serão alcançadas se formos à Fonte Real (Jo 7.38; Ef 6.10; 2Tm 1.7; Tg 1.5)
Fontes turvas, empíricas, desprovidas de Certificado Divino devem ser completa e totalmente rechaçadas. Do contrário, seremos achados cúmplices delas (Ef 5.11).
Deus NÃO TOMA o culpado por inocente (Na 1.3a).


A Paz do Senhor Jesus
M.P.C.