Rádio Hinos Inspirados


quarta-feira, 19 de junho de 2019

DÍZIMO: CADUCOU OU PERMANECE?





Tragam todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa. Ponham-me à prova nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não lhes abrir as janelas do céu e não derramar sobre vocês bênção sem medida. Por causa de vocês, repreenderei o devorador, para que não consuma os produtos da terra, e não deixarei que as suas videiras nos campos fiquem sem frutos, diz o SENHOR dos Exércitos.” Malaquias 3.10,11


Dízimo é um SEELO no mundo espiritual para proteção da nossa história!” “Todo mês o devorador é repreendido e a lavooura é liberada!” Renê Terra Nova



Bom, não precisa ser catedrático em Bíblia para perceber que o tema dízimo é assunto encerrado.

O problema é: Como o dízimo é visto hoje? Sob qual ótica? Produto exclusivo da Lei ou possui aplicação prática na Nova Aliança, a Aliança firmada no Sangue de Jesus?

Por muito tempo tem-se debatido acerca do assunto e são dois extremos:

a. Os que defendem a sua obrigatoriedade (está escrito), sob pena de anátema;

b. Os que defendem que caducou (Jesus não mandou), ao deixar a obra à própria sorte.

Há ainda uma terceira via: os que dizem que não é obrigatório, mas na prática, observa-se o contrário: uma postura radical com quem não pratica o ato, e.g., não tem oportunidade o ministério.

No enunciado em questão, observa-se que o locutor fala muito em princípio, e pelo visto princípio baseado na Velha Aliança, pois percebe-se estar baseado em Malaquias 3.10,11.

Então! Princípio é quando você ao estabelecer suas ideias, elas precisam estar em perfeita sincronia com a Bíblia, sob pena de gerar um grave erro bíblico/teológico e/ou heresia.

Sendo assim, sob qual princípio o locutor está se referindo? O do dizimar? Se for, uma pergunta que merece resposta:

Ele (o locutor) cumpre à risca a Lei do Dízimo, onde ela se encontra dentro da Lei? O prof. David Corrêa ao comentar sobre dízimo diz o seguinte:

[ “Todos os dízimos” era um processo de dizimar mediante cada etapa da produção agrícola e pastoril. Eram elas:

1. O dízimo de todos os cereais, dos frutos das árvores e dos rebanhos (Lv 27.30-32; Dt 14.22).

2. O dízimo dos levitas do que eles recebiam do povo e davam a oferta a Arão, o sacerdote (Nm 18.28,29).

3. O dízimo recolhido a cada três anos que todos os judeus mantinham guardado em suas casas para ampararem os levitas, os órfãos, o estrangeiro, e a viúva que residiam em sua cidade: “Comerão, e se fartarão” (Dt 14.28,29).

4. Dízimos que deveriam ser levados ao templo por ocasião das festas de Israel (por inferência - Dt 14.22-27).

Desse modo pode-se observar que, pela Lei, o dízimo significa 10% das várias etapas da produção. De tudo o que deveria ser dizimado, chega-se à conclusão de que os dízimos não representavam somente 10%, e sim de 26 a 30% da produção total. ]

Observe que ao comentar escrever TODOS OS, Malaquias, não estava se referindo à atitude cobrada a todo o povo. Ele estava falando sobre TODA A espécie de dízimo, o que pode ser verificado no versículo anterior.

Voltando ao locutor. Onde ele apoia a ideia de que dízimo é selo? O cristão possui apenas um ÚNICO selo: o Espírito Santo (Ef 4.30). O que ele faz, nada mais é que puro malabarismo com o texto, somado à sua vã filosofia.

Não! O dízimo não é selo, mas parte da adoração de quem é nascido de novo e o pratica com total desprendimento, liberdade e liberalidade. Sem obrigatoriedade ou medo de maldição. Aliás, em relação à maldição, a única coisa que pode acontecer com aquele que deixa (consciente e propositadamente) de dizimar e/ou ofertar, é ficar sem a benção (2Co 9.6-11) e alimentar a avareza, sinal da velha natureza (Ef 5.5; Cl 3.5). Essa questão do gafanhoto caducou e atualmente é usada como muleta pra intimidar, quando na verdade, basta ensinar corretamente o povo e colher os resultados. Lembrando que o ato não é para barganhar, mas adorar, suprir as necessidades da obra e do povo de Deus. Em tempo: um verdadeiro adorador JAMAIS tomará uma atitude antagônica ao que o Manual do Reino orienta a fazer.

É preciso dar um basta nessas manipulações psicológicas e mundanas, com aparência de biblicismo, piedade e unção que buscam acorrentar o povo de Deus ao medo e à negociata.

Quando o povo for testemunha ocular da LISURA, da TRANSPARÊNCIA, do CARÁTER, da FICHA LIMPA dos administradores do Tesouro da Casa do Pai, viveremos dias como os da Igreja do séc. I onde nada faltava, pois o coração dos cristãos era um e essa unidade somada à disposição liberal de ver a obra crescer sendo participante direto, fazia com que eles (sem que ninguém inventasse nada ou contasse estórias exóticas) trouxessem "o proposto no coração"!!!

Encerro com o que disse o profeta Isaías, ao falar ao povo de Israel: “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, jamais verão a luz do alvorecer” (Is 8.20). E o clássico texto de Atos 17.11: “Ora, estes de Bereia eram mais nobres do que os de Tessalônica, pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.”



Nos Laos do Calvário,

Ir. Márcio da Cruz

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