Todos os casos de batismos com o Espírito Santo relatados no livro de Atos, constituem uma sólida base para a afirmação de que o falar em línguas estranhas é a evidência física inicial de que o crente foi batizado com o Espírito Santo. Detenhamo-nos um pouco em analisar os cinco casos distintos como são apresentados no referido livro.
a. No dia de Pentecoste. “E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. At 2.4.
Essa foi a primeira manifestação do Espírito Santo, após Jesus ter dito: "... e vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias”, At 1.5.
A demonstração comum ou evidência física inicial de que todos foram cheios do Espírito Santo, foi que todos falaram em línguas estranhas; línguas que não haviam aprendido, faladas, portanto, pela operação sobrenatural do Espírito Santo.
[...]
d. Em casa do centurião Cornélio. “E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus”, At 10.44-46.
Foi a ênfase dada por Pedro e seus companheiros a que os gentios em Cesaréia haviam recebido o dom do Espírito Santo da mesma forma como os quase cento e vinte no dia de Pentecoste, que apaziguou o ânimo dos apóstolos em Jerusalém, de sorte que disseram: “Na verdade até aos gentios deu Deus arrependimento para a vida!" At 11.18.
e. Sobre os discípulos em. Éfeso. “E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam”. At 19.6.
Observe: vinte anos após o dia de Pentecoste, o batismo com o Espírito Santo ainda era acompanhado com a evidência inicial de falar línguas estranhas. Esta evidência satisfazia não só a um dos requisitos da doutrina apostólica quanto à manifestação do Espírito Santo, como também cumpria parte da palavra de Jesus em Marcos 16.17:
“Estes sinais seguirão aos que crêem: ...falarão novas línguas”.
Crisóstomo, um dos grandes mestres da Igreja antiga, afirmou, muitos anos após os dias de Paulo:
“Quem quer que fosse batizado nos dias apostólicos, logo falava línguas: recebiam eles o Espírito Santo”.
Também o grande mestre Myer Pearlman disse mais recentemente:
“O batismo com o Espírito Santo nos tempos apostólicos era uma experiência na qual o Espírito de Deus fazia tal impacto direto e poderoso sobre o espírito do homem, que resultava num estado de êxtase e, naquele estado estático, uma pessoa falava extaticamente numa linguagem que jamais aprendera. Quando o mesmo Espírito de Deus realiza o mesmo impacto sobre nós, hoje, como ele fazia sobre aqueles primeiros discípulos, nós também experimentamos o mesmo estado estático e a mesma linguagem estática.”
A experiência do batismo com o Espírito Santo, como a da salvação, é uma experiência definida na vida do crente. E o falar em outras línguas no ato do batismo com o Espírito Santo, não só o define como um fato marcante, mas também transforma-o num capítulo a mais na vida do cristão.
Raimundo Ferreira de Oliveira
A Doutrina Pentecostal Hoje, capítulo 2, páginas 31-33
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Antes de preencher, um conselho: pense no que vai escrever. Pondere suas palavras. Respeito é tudo e inteligente.
Venha somar com seus comentários para que todos saiam ganhando.
Ir. Márcio da Cruz