Rádio Hinos Inspirados


segunda-feira, 23 de setembro de 2019

LÍNGUAS COMO EVIDÊNCIA FÍSICA INICIAL Parte 02




Como sabemos que a pessoa recebeu revestimento "carismático" do Espírito Santo? Em outras palavras: Qual é a evidência de que a pessoa recebeu o batismo no Espírito Santo? A questão não se resolve pelos quatro Evangelhos, porque estes contêm profecias da vinda do Espírito, e uma profecia toma-se clara somente pelo seu cumprimento; nem tampouco se resolve pelas Epístolas, porque em sua maioria são instruções pastorais às igrejas estabelecidas nas quais o poder do Espírito com suas manifestações exteriores era considerado como a experiência normal de todo cristão. É, portanto, evidente que o assunto deve decidir-se pelo livro de Atos dos Apóstolos que registra muitos casos de pessoas que receberam o batismo no Espírito e descreve os resultados que se seguiram.

Admitimos que em todos os casos mencionados no livro de Atos, os resultados do revestimento não são registrados; mas onde os resultados que se seguiram são descritos, sempre houve uma expressão imediata, sobrenatural, e exterior, convincente, não somente para quem recebeu, mas também para os outros presentes, em que um poder divino dominava essa pessoa; e em todos os casos houve um falar estático numa língua que essa pessoa nunca havia aprendido. Será essa declaração meramente a interpretação particular de um grupo religioso ou é reconhecida por outros grupos? O Dr. Rees, teólogo inglês de ideias liberais, escreve: "A glossolalia (o falar em línguas) era o dom mais evidente e popular dos primeiros anos da igreja. Parece que foi o acompanhamento regular e a evidência da descida do Espírito Santo sobre os crentes".

O Dr. G. B. Stevens, da Universidade de Yale, em seu livro "Teologia do Novo Testamento", escreve: "O Espírito era considerado como dom especial que nem sempre acompanhava o batismo e a fé. Os samaritanos não foram batizados com o Escrito Santo quando creram na Palavra de Deus. Eles haviam crido e foram batizados, mas foi somente quando Pedro e João impuseram as mãos sobre eles que o dom do Espírito foi derramado. Evidentemente, aqui se vê algum revestimento ou experiência especial". Comentando Atos 19:1-7, ele escreve: não somente não receberam o Espírito Santo quando creram, nem mesmo depois que foram batizados em nome de Cristo, mas unicamente quando Paulo impôs as mãos sobre eles é que veio o Espírito Santo e falaram em línguas e profetizaram. Aqui fica óbvio que o dom do Espírito é considerado como sinônimo do carisma estático (revestimento espiritual) de falar em línguas e profetizar.

O Dr. A. B. MacDonald, ministro escocês, presbiteriano, afirma: "A crença da igreja acerca do Espírito surgiu de um fato que ela experimentou. Os discípulos, bem cedo em sua carreira, notaram um novo poder que operava dentro deles. No princípio, essa manifestação mais extraordinária foi "falar em línguas", o poder de expressão oral estática numa língua não inteligível. Tanto esses que eram tomados por esse poder, como também os que viam e ouviam suas manifestações foram convencidos de que um poder superior atingira suas vidas, dotando-os de capacidades de expressão e de outros dons, que pareciam ser algo diferente, e não apenas uma intensificação da capacidade que já possuíam. Pessoas que até então não pareciam ser nada além do comum, repentinamente se tornaram capazes de orar e de se expressar veementemente, em atitudes sublimes nas quais era manifesto que conversavam com o Invisível."

Ele declara que o falar em línguas "parece ter sido o que mais atraia, e a manifestação mais proeminente do Espírito, no princípio".



Myer Pearlman
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, capítulo 9, páginas 312-314.

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