Rádio Hinos Inspirados


quarta-feira, 26 de agosto de 2020

SUPERCRENTES E LACRADORES

 

 
 

Texto* que recebi, via WhatsApp

• Eu não me escandalizei quando descobri que Moisés matou um egípcio.
• Eu não me escandalizei quando descobri que Davi adultério e ainda matou o traído.
• Eu não me escandalizei quando descobri que Abraão o pai da fé mentiu.
• Eu não me escandalizei quando descobri que Eva & Adão foram persuadidos por uma serpente.
• Eu não me escandalizei quando descobri que sansão perdeu o Espírito de Deus por causa de prostituição.
• Eu não me escandalizei quando descobri que Paulo entregou dois homens nas mãos de satanás.
• Eu não me escandalizei quando descobri que Esaú trocou sua primogenitura por um prato de lentilha.
• Eu não me escandalizei quando descobri que João queria ateiar fogo na cidade.
• Eu não me escandalizei quando descobri que Pedro tentou matar malco.
• Eu não me escandalizei quando descobri que o tesoureiro traiu Jesus e ainda o beijou.


Sobre escândalos, se escandalizar, vamos à Escritura?
Afinal, Ela interpreta e si própria, não segundo ao que penso ser certo em minha própria, íntima e pessoal filosofia. Típico texto seco, anacrônico e estilo lacrador onde percebe-se uma (pseudo) espiritualidade acima dos demais.

 
• “Ai do mundo, por causa dos escândalos. Porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!” Mateus 18.7

• “E disse aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem!” Lucas 17.1


• “Nesse tempo muitos hão de se escandalizar, e trair-se uns aos outros, e mutuamente se odiarão”. Mateus 24.10 ARA

• “Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos”. Lucas 17.2”

• “Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes o seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao vosso irmão” Rm 14.13

• “Mas, vede que essa liberdade vossa não venha a ser motivo de tropeço para os fracos”. 1ª Coríntios 8.9

• “Não vos torneis causa de tropeço nem a judeus, nem a gregos, nem à igreja de Deus”. 1ª Coríntios 10.32

• “não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado”. 2ª Coríntios 6.3


Ao ler textos como o do início, onde alguns tentam passar a imagem de seres superiores, me vem à memória as palavras do professor Lawrence Richards, em seu Comentário Bíblico do Professor. Muito embora o contexto se refira ao Sermão do Monte, o princípio da compreensão das Escrituras e seus registros também pode ser aplicável no texto “super over power”. Ele diz:

O impacto da mensagem do Reino dos Céus provavelmente não nos atinge com a mesma força que aos crentes da época de Jesus. Hoje, temos a revelação completa do NT e estamos conscientes da ação de Jesus em nossa vida por meio do Espírito Santo. Para os homens e mulheres que ouviram o ensino de Jesus, o conceito era novo e poderoso, pois aguardavam a intervenção de Deus apenas para o futuro. Quando ouvidas pela primeira vez pelos discípulos, as conhecidas bem-aventuranças devem ter soado de forma chocante e estranha (escandalosa – adendo meu). Hoje, em razão de nossa familiaridade com elas, soam até bem aos nossos ouvidos. Com isso, porém, corremos o risco de perder a profundidade e o forte desafio que representam. Pronunciadas pela primeira vez, devem ter causado um efeito esmagador.”


Menos filosofia de boteco e mais lastro bíblico, por favor!


Nele, que é o Único Perfeito,
 
Ir. Márcio da Cruz


*o texto está com a escrita original

*as referências bíblicas estão baseadas na ARC, salvo indicação em contrário

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

O RICO E O REINO DE DEUS



Disse, então, Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no Reino dos céus. E outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus.” Mateus 19.23,24
 

Por que será que os coach gospel vivem dizendo e prometendo aos seus seguidores que eles vão ficar ricos seguindo suas dicas de sucesso, prosperidade e influência e comprando os seus livros?

Por um acaso eles querem privar esse povo do Céu ou seus intento$ $seriam outro$?

Quem LÊ, entenda!!!


No Servo do Senhor,
 
Ir. Márcio da Cruz

 

 
 
 
 

terça-feira, 18 de agosto de 2020

OS DONS DO ESPÍRITO AINDA PERMANECEM NA IGREJA

 

Sinceramente, queria muuuito saber como as terminações e conexões neurais de um cessacionista funcionam (se é que funcionam). Porque, manoziiinho, vou te falar...

Mas, vamos lá!!!

Paulo, ao escrever aos cristãos em Éfeso (cidade que ele ficou por bastante tempo) acerca dos dons (Ef 4.11-16) para administrar a Igreja, ele diz categoricamente que estes dons tem as seguintes finalidades:

a. Aperfeiçoamento dos santos
b. A obra do ministério
c. Edificação do corpo de Cristo
d. Todos cheguemos à unidade da fé
e. Conhecimento do Filho de Deus
f. A varão perfeito
g. À medida da estatura completa de Cristo

Sabendo que isto levaria a:

a. todo o corpo
b. bem ajustado e ligado
c. pelo auxílio de todas as juntas
d. segundo a justa operação de cada parte
e. faz o aumento do corpo
f. para sua edificação em amor.

A temática carismática também é abordada por Paulo em sua primeira carta aos coríntios (capítulos 12 e 14), onde ele diz que a Igreja deve procurar com zelo os melhores dons, “mas principalmente o de profetizar (1Co 14.1)”.

Sendo assim, perguntamos: Jesus já voltou e arrebatou, raptou a Sua Igreja da Terra?

Por que então, os anti dons insistem em afirmar que os dons são coisas do passado?

As afirmações do texto abaixo escrito são tão frágeis em si mesmas (o argumento da placa na estrada... coleeega...) que não se sustentam diante do texto puramente bíblico. E esse tipo de texto brota de quem se diz Sola Scriptura. Mais incoerência, impossível!!! 

nEle, que nos agraciou com os dons do Seu Espírito,
 
Ir. Márcio da Cruz
 
 
 
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Inerente à natureza de um sinal, porém, é seu caráter temporariamente limitado. Um sinal a marcar uma curva na rodovia não é mais necessário a um viajante depois que a mudança de direção tenha sido feita. O viajante não apanha o sinal para levá-lo consigo. Uma vez tenha-se completado a conversão, o sinal também terá completado sua utilidade.

As línguas são um sinal, um sinal que não mais é necessário. Aliás, em seus dias elas também serviram ao propósito de ser um método de revelação. Pois as línguas interpretadas eram equivalentes a profecia. Eram as próprias palavras de Deus que, quando corretamente entendidas, podiam edificar a igreja. Mas assim como a igreja não mais necessita de um sinal que estabeleça seu caráter todo-abrangente, assim tampouco a igreja necessita da revelação da nova verdade divina que as línguas puderam fornecer. Nem mais necessária é a palavra profética, visto que a plenitude da palavra profética tem sido preservada na Escritura.

Tampouco a igreja necessita do pseudoprofetismo, nem das pseudolínguas. Não se necessita de nenhum desvio da cristalina declaração do mistério divino que agora é revelado em toda a sua plenitude. A única coisa de que a igreja e o mundo necessitam hoje é da fiel proclamação da Palavra de Deus a nós legada desde os tempos de outrora. Não se necessita de nada mais.

O. Palmer Robertson
A Palavra Final – Resposta Bíblica à Questão das Línguas e Profecias Hoje, pp. 54,55

 

domingo, 16 de agosto de 2020

OUTRORA... HOJE...

 

 
 

Outrora, para se ter uma vida plena e abundante, bastava ler, meditar e aplicar a Bíblia na vida.
Hoje, basta algumas sessões de psicoterapia, imersões e conselhos coach e fica tudo bem.

Outrora, a luta era contra os principados, as potestades, os príncipes das trevas deste século e as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
Hoje, a luta é para permanecer na presidência da instituição terrena.

Outrora, bastava falar de Jesus para alcançar o pecador.
Hoje, são tantos detalhes teológicos que nem o cheiro de Jesus a pessoa sente.

Outrora, para ganhar almas, bastava orar, jejuar e anunciar a Jesus e este crucificado.
Hoje, o entretenimento e o conforto são as palavras-chave para o sucesso.

Outrora, o desejo e sonho primários do cristão eram a Jerusalém celeste.
Hoje, é conquistar tudo quanto lhe for possível para ter uma vida regalada, aqui na Terra.

Outrora, mesmo sob perseguição, a Igreja conquistava e avançava.
Hoje, pastor troca o ministério para virar missionário parlamentar para garantir os direitos da Igreja.

Outrora, o alvo primário era a salvação da alma do ser humano.
Hoje, é saber se ele comeu, bebeu e se tem onde dormir.

Outrora, a Igreja ia às manchetes por causa do seu jeito diferente do mundo e por causa de algumas excentricidades incompreensíveis ao homem natural.
Hoje, as manchetes são por causa de disputas por cargos, patrimônios e posturas estranhas de alguns missionários parlamentares.

Outrora, a convicção doutrinária nascia da Bíblia e nela era fortalecida.
Hoje, o livro do doutor é quem tem a chancela.

Outrora, Igreja era Igreja!
Hoje... MARANATA!!!

Quem LÊ, entenda!


No Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo,

Ir. Márcio da Cruz

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

A MÚSICA EVANGÉLICA ATUAL E A VOLTA DE JESUS



Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.” João 14.1-3

 
Tenho em meu HD uma pasta chamada Raridades. São diversas canções da época áurea da música evangélica brasileira, onde Jesus era exaltado, louvado e anunciado ao pecador.
 
Canções que tocam profundamente na alma e nos fazem refletir sobre quem somos e o que estamos fazendo com a nova vida que o Pai nos concedeu, por intermédio de Seu Filho Unigênito.
 
Um detalhe que muito me chama a atenção nessas canções é a esperança maior da Igreja anunciada através da música: A VOLTA DE JESUS!
 
Até os idos de 1990, era “comum” ouvir hinos que versavam sobre essa temática. “A Grande Viagem”, “Eles Sumiram”, “Quem Ficou, Ficou”, “Trono Branco”, “Se Eu Pudesse Voar”, etc., só para citar alguns exemplos.
 
O que houve e por que esse tema estranhamente sumiu?
 
A razão disso está nos púlpitos espalhados Brasil afora. Se analisarmos bem, constataremos que temas desse preço não são mais vistos e ouvidos com a mesma frequência de outrora. Foram substituídos por palestras irresponsáveis de cunho "psicológico" onde o bem estar do ouvinte está em prioridade. Recheadas de palavras de efeito, vão elas enchendo a mente e esvaziando o coração dos cristãos, pois a proposta dos palestrantes são a de ver os seus ouvintes vivendo bem e de forma próspera aqui na Terra, usando para isso, meios totalmente desprovidos de amparo bíblico e espiritual. Nada contra alguém ter uma vida razoável em todos os sentidos, mas seria isso a prioridade do Reino? Seria essa a proposta do Rei deste Reino? O que ele disse sobre isso?
 
Folheando as páginas do Livro de Deus – a Bíblia – lemos que “os gentios é que procuram todas estas coisas (Mt 6.32a)”. Jesus, então, coloca as coisas na devida ordem. Ele revela quais devem ser as prioridades do cristão ao falar que devemos buscar “primeiramente o seu reino e a sua justiça (Mt 6.33a), e em consequência disso “todas estas coisas vos serão acrescentadas (Mt 6.33b)”.
 
O Pai sabe quais são as nossas necessidades e que precisamos delas (Mt 6.32b) até mesmo antes de pedirmos (Mt 6.8). Mas por que a ordem das prioridades foi invertida? Com a autorização de quem? Com base em quê?
 
São meninos levados pelo canto da serpente e tirando os olhos deles e de seus ouvintes dAquele que deveria ser o único alvo: JESUS (Hb 12.2). Pessoas com o coração firmado aqui embaixo, enquanto que o cristão deve ter o seu coração firmado no “Pai das luzes, no qual não pode haver mudança nem sombra de variação (Tg 1.17)”.
 
O resultado disso é percebido nas músicas. Voltadas para o lustrar do ego, vão afundando muitos com letras vazias de conteúdo bíblico, porém recheadas de narcisismo. Canções que não falam do sacrifício do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29), não falam da separação que o que se diz filho de Deus deve ter para com o mundo (2Co 6.14-18) e da bendita esperança da Igreja, a volta do Rei (Jo 14.1-3). Canções que acorrentam a pessoa a este mundo com suas concupiscências (1Co 15.19)
 
Em uma entrevista dada há muitos anos, a cantora Lauriete disse algo interessante: “A Igreja está cantando para ela mesma!” referindo-se ao atual momento, onde ela disse que a Igreja perdeu a sua chamada missionária. Afinal, essa não é a missão da Igreja? A busca pelos perdidos? A salvação das almas por meio da pregação do Evangelho completo (Mt 19.20; Mc 16.15,16; Lc 24.47)?
 
Se a Cruz some dos púlpitos, todo o mais sumirá, pois derivam dela. Se a volta de Cristo sumiu, é porque a Cruz se tornou secundária primeiro.

Aliás, a Cruz foi tornada como um talismã onde pessoas são ensinadas a “exigirem seus direitos”. Com rótulo de revelação bíblica, porém recheada com o humanismo de um evangelho romantizado e prostituído, gurus e coachs gospeis (usando o título de pastor e apóstolo) vão semeando joio na Seara do Mestre. As famosas imersões agora tomaram conta em muitas igrejas. As constelações familiares vão ganhando terreno e lançando as pessoas no abismo do esoterismo, misticismo e espiritismo kardecista.
 
Tudo isso em prol de um bem comum: o bem estar do homem e sua felicidade plena aqui nessa terra. O que seria isso senão antropocentrismo descarado? Onde a raiz de tudo e a resposta para tudo é o homem, ficando Deus apenas como aquele que de forma coercitiva assina o cheque em branco?
 
Isso tudo influencia no geral e a música acaba sendo o reflexo disso. Vemos músicas que mexem com as emoções, mas mantém o espírito sedento e faminto. A Igreja precisa urgentemente despertar e levantar dentre os mortos, para então, Cristo a iluminar (Ef 5.14). O cativeiro e a destruição são frutos do desconhecimento em relação à pessoa do Senhor, por parte daqueles que deveriam ser os arautos do Rei da Glória (Is 5.13; Os 4.6). De forma proposital, vão levando o povo de Deus à ruína, apenas para satisfazer os seus egos permeados de carnalidade. Isso explica e muito o porquê de tantos problemas no povo do Senhor. Disse Isaías: “O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende (Is 1.3)”.


No sentimento de Cristo diante de Jerusalém (Lc 19.41-44), 
 
Ir. Márcio da Cruz