Rádio Hinos Inspirados


segunda-feira, 10 de agosto de 2020

A MÚSICA EVANGÉLICA ATUAL E A VOLTA DE JESUS



Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.” João 14.1-3

 
Tenho em meu HD uma pasta chamada Raridades. São diversas canções da época áurea da música evangélica brasileira, onde Jesus era exaltado, louvado e anunciado ao pecador.
 
Canções que tocam profundamente na alma e nos fazem refletir sobre quem somos e o que estamos fazendo com a nova vida que o Pai nos concedeu, por intermédio de Seu Filho Unigênito.
 
Um detalhe que muito me chama a atenção nessas canções é a esperança maior da Igreja anunciada através da música: A VOLTA DE JESUS!
 
Até os idos de 1990, era “comum” ouvir hinos que versavam sobre essa temática. “A Grande Viagem”, “Eles Sumiram”, “Quem Ficou, Ficou”, “Trono Branco”, “Se Eu Pudesse Voar”, etc., só para citar alguns exemplos.
 
O que houve e por que esse tema estranhamente sumiu?
 
A razão disso está nos púlpitos espalhados Brasil afora. Se analisarmos bem, constataremos que temas desse preço não são mais vistos e ouvidos com a mesma frequência de outrora. Foram substituídos por palestras irresponsáveis de cunho "psicológico" onde o bem estar do ouvinte está em prioridade. Recheadas de palavras de efeito, vão elas enchendo a mente e esvaziando o coração dos cristãos, pois a proposta dos palestrantes são a de ver os seus ouvintes vivendo bem e de forma próspera aqui na Terra, usando para isso, meios totalmente desprovidos de amparo bíblico e espiritual. Nada contra alguém ter uma vida razoável em todos os sentidos, mas seria isso a prioridade do Reino? Seria essa a proposta do Rei deste Reino? O que ele disse sobre isso?
 
Folheando as páginas do Livro de Deus – a Bíblia – lemos que “os gentios é que procuram todas estas coisas (Mt 6.32a)”. Jesus, então, coloca as coisas na devida ordem. Ele revela quais devem ser as prioridades do cristão ao falar que devemos buscar “primeiramente o seu reino e a sua justiça (Mt 6.33a), e em consequência disso “todas estas coisas vos serão acrescentadas (Mt 6.33b)”.
 
O Pai sabe quais são as nossas necessidades e que precisamos delas (Mt 6.32b) até mesmo antes de pedirmos (Mt 6.8). Mas por que a ordem das prioridades foi invertida? Com a autorização de quem? Com base em quê?
 
São meninos levados pelo canto da serpente e tirando os olhos deles e de seus ouvintes dAquele que deveria ser o único alvo: JESUS (Hb 12.2). Pessoas com o coração firmado aqui embaixo, enquanto que o cristão deve ter o seu coração firmado no “Pai das luzes, no qual não pode haver mudança nem sombra de variação (Tg 1.17)”.
 
O resultado disso é percebido nas músicas. Voltadas para o lustrar do ego, vão afundando muitos com letras vazias de conteúdo bíblico, porém recheadas de narcisismo. Canções que não falam do sacrifício do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29), não falam da separação que o que se diz filho de Deus deve ter para com o mundo (2Co 6.14-18) e da bendita esperança da Igreja, a volta do Rei (Jo 14.1-3). Canções que acorrentam a pessoa a este mundo com suas concupiscências (1Co 15.19)
 
Em uma entrevista dada há muitos anos, a cantora Lauriete disse algo interessante: “A Igreja está cantando para ela mesma!” referindo-se ao atual momento, onde ela disse que a Igreja perdeu a sua chamada missionária. Afinal, essa não é a missão da Igreja? A busca pelos perdidos? A salvação das almas por meio da pregação do Evangelho completo (Mt 19.20; Mc 16.15,16; Lc 24.47)?
 
Se a Cruz some dos púlpitos, todo o mais sumirá, pois derivam dela. Se a volta de Cristo sumiu, é porque a Cruz se tornou secundária primeiro.

Aliás, a Cruz foi tornada como um talismã onde pessoas são ensinadas a “exigirem seus direitos”. Com rótulo de revelação bíblica, porém recheada com o humanismo de um evangelho romantizado e prostituído, gurus e coachs gospeis (usando o título de pastor e apóstolo) vão semeando joio na Seara do Mestre. As famosas imersões agora tomaram conta em muitas igrejas. As constelações familiares vão ganhando terreno e lançando as pessoas no abismo do esoterismo, misticismo e espiritismo kardecista.
 
Tudo isso em prol de um bem comum: o bem estar do homem e sua felicidade plena aqui nessa terra. O que seria isso senão antropocentrismo descarado? Onde a raiz de tudo e a resposta para tudo é o homem, ficando Deus apenas como aquele que de forma coercitiva assina o cheque em branco?
 
Isso tudo influencia no geral e a música acaba sendo o reflexo disso. Vemos músicas que mexem com as emoções, mas mantém o espírito sedento e faminto. A Igreja precisa urgentemente despertar e levantar dentre os mortos, para então, Cristo a iluminar (Ef 5.14). O cativeiro e a destruição são frutos do desconhecimento em relação à pessoa do Senhor, por parte daqueles que deveriam ser os arautos do Rei da Glória (Is 5.13; Os 4.6). De forma proposital, vão levando o povo de Deus à ruína, apenas para satisfazer os seus egos permeados de carnalidade. Isso explica e muito o porquê de tantos problemas no povo do Senhor. Disse Isaías: “O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende (Is 1.3)”.


No sentimento de Cristo diante de Jerusalém (Lc 19.41-44), 
 
Ir. Márcio da Cruz

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Antes de preencher, um conselho: pense no que vai escrever. Pondere suas palavras. Respeito é tudo e inteligente.
Venha somar com seus comentários para que todos saiam ganhando.

Ir. Márcio da Cruz