Rádio Hinos Inspirados


domingo, 20 de setembro de 2020

ALTRUÍSMO – ONDE ESTÁS?


Mateus 18.12,13: Que vos parece? Se algum homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, não irá pelos montes, deixando as noventa e nove, em busca da que se desgarrou? E, se, porventura, a acha, em verdade vos digo que maior prazer tem por aquela do que pelas noventa e nove que se não desgarraram.

Vivemos dias de indiferença e apatia.

O que outrora era um prazer, muitos o veem hoje como um fardo pesadíssimo. Afinal, pra que preocupar-se com uma unidade, uma dezena, uma centena, se ainda existem milhares nos currais?

Olhamos para a Igreja em seus primórdios, lemos que “Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo” (At 2.43-47) e ainda que “era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha” (At 4.32-35).

O que houve?

Por que se observa um abismo criado e que somente uma elite têm acesso à “área vip”?

Por um acaso koinonia é um termo que só pode ser vivido em sua plenitude por aqueles que possuem uma etiqueta Prada e que os usuários Tip Top 10 devem observar Canaã de longe?

Tiago traz uma advertência séria acerca desse tipo de atitude. Ele fala aos das doze tribos dispersas: “Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com vestes preciosas, e entrar também algum pobre com sórdida vestimenta, e atentardes para o que traz a veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé ou assenta-te abaixo do meu estrado, porventura não fizestes distinção dentro de vós mesmos e não vos fizestes juízes de maus pensamentos?” (Tg 2.1-4).
 
É incrível como hodiernamente ficou mais fácil um Prada ser chamado ao alto escalão do ministério do que um Tip Top 10 vir a ser pelo menos um auxiliar (e quando vem a ser, cria raízes na função). Há um jogo de interesses que cora de envergonha os anjos (anjo mesmo!!!) do Senhor. Hoje, o que pode ser visto é “pareceu bem a nós”, enquanto que o correto era pra ser o cumprimento da palavra que diz “Pareceu bem ao Espírito Santo”. Até quando? 
 
Paulo diz que “tudo o que dantes foi escrito, para nosso ENSINO foi escrito” (Rm 15.4). Por que então agimos de forma tão carnal em tantas coisas referentes ao Reino e ao irmão próximo?

O TEMPORA, O MORES!!!
 
 
No Deus que não faz acepção de pessoas,
 
Ir. Márcio da Cruz

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Ir. Márcio da Cruz