Manuscritos bíblicos são "rolos" ou "códices" do texto bíblico, escritos à mão. O rolo era um volume de lâminas de papiro ou pergaminho. Era preso a dois cabos de madeira para facilitar o manuseio durante a leitura. Era enrolado da direita para a esquerda. Sua extensão dependia do volume de escrita a ser registrada. Portanto, antigamente não era fácil alguém conduzir pessoalmente os 66 livros da Bíblia com fazemos comodamente hoje.
O códice é MS em formato de livro de tamanho grande, feito de pergaminho. As folhas do Códice têm normalmente 65 cm de altura, por 55 cm de largura. Este tipo de MS da Bíblia começou a ser usado no Século II.
O códice é MS em formato de livro de tamanho grande, feito de pergaminho. As folhas do Códice têm normalmente 65 cm de altura, por 55 cm de largura. Este tipo de MS da Bíblia começou a ser usado no Século II.
A caligrafia dos MSS
Há dois tipos de caligrafia ou forma gráfica nos MSS bíblicos, o que os divide em unciais e cursivos. Uncial é o MS de letras maiúsculas e sem separação entre as palavras. Tal diferença na forma gráfica deu-se no Século X. Palimpcesto é MS reescrito; isto é, a escrita primitiva era raspada e novo texto era escrito por cima. Isso ocorria devido ao alto preço do pergaminho. Inutilizava-se assim a escrita para usar o mesmo material gráfico.
Os manuscritos originais não tinham sinais de pontuação. Estes foram introduzidos na arte de escrever em época recente. É evidente que a pontuação moderna não é inspirada, e por isso, às vezes, dificulta o sentido das palavras da língua original.
Há dois tipos de caligrafia ou forma gráfica nos MSS bíblicos, o que os divide em unciais e cursivos. Uncial é o MS de letras maiúsculas e sem separação entre as palavras. Tal diferença na forma gráfica deu-se no Século X. Palimpcesto é MS reescrito; isto é, a escrita primitiva era raspada e novo texto era escrito por cima. Isso ocorria devido ao alto preço do pergaminho. Inutilizava-se assim a escrita para usar o mesmo material gráfico.
Os manuscritos originais não tinham sinais de pontuação. Estes foram introduzidos na arte de escrever em época recente. É evidente que a pontuação moderna não é inspirada, e por isso, às vezes, dificulta o sentido das palavras da língua original.
MSS bíblicos existentes mais antigos e mais importantes
Nos tratados sobre a Bíblia, a palavra manuscrito é sempre indicada pela abreviatura MS; no plural: MSS ou MSs. Esses manuscritos atestam a autenticidade do texto bíblico.
Nos tratados sobre a Bíblia, a palavra manuscrito é sempre indicada pela abreviatura MS; no plural: MSS ou MSs. Esses manuscritos atestam a autenticidade do texto bíblico.
MSS do AT (Antigo Testamento) em hebraico
Até a descoberta dos MSS do mar Morto, em 1947, os mais antigos MSS do AT em hebraico eram:
Até a descoberta dos MSS do mar Morto, em 1947, os mais antigos MSS do AT em hebraico eram:
- O códice dos Primeiros e Últimos Profetas. Está na Sinagoga Caraíta do Cairo, Egito. Foi escrito em Tiberíades, Galiléia, em 895 d. C., por Moses Ben Asher, erudito judeu de renome.
- O códice do Pentateuco: Escrito cerca de 900 d.C. Está no Museu Britânico, Londres, sob o número 4445. Foi escrito por um filho de Moses Ben Asher: Arão.
- O códice Petrogradicino- Escrito em 916 d.C. Contém apenas os últimos Profetas, segundo o cânon do AT hebraico, a saber: Isaías, Jeremias, Ezequiel, e os Doze Profetas Menores (quatro livros). Veio da Criméia, Ucrânia. Está na biblioteca de Leningrado (a antiga Petrogrado), na Rússia.
- O códice Aleppo. Contém todo o Antigo Testamento. Copiado por Shelomo Ben Bayaa. Seus sinais vocálicos foram inseridos por Moses Ben Asher, cerca de 940 d.C. Em anos recentes foi trazido secretamente da Síria para Israel; Aleppo fica na Síria. Este MSS está na universidade Hebraica de Jerusalém. Utilizado como base da nova Bíblia Hebraica preparada pela universidade.
- O códice B19 A. Está na biblioteca de Leningrado, Rússia. Data: 1008 d.C. Foi transcrito por Moses Ben Asher cerca de 1000 d.C. Foi depois copiado no Cairo em 1008 d.C. por Samuel Ben Jacob. Este é o mais antigo MS datado e completo do A.T. em hebraico.
- O rolo do livro de Isaías, Mar Morto, 1947. Em 1947, nos rolos descobertos nas proximidades do Mar Morto, foi encontrado um MS do profeta Isaías, em hebraico, do ano 100 a. C., isto é, 1000 anos mais velho que o mais antigo MS até então existente. O texto deste MS concorda com o da autenticidade das Sagradas Escrituras, sabendo-se que esse rolo de Isaías tem agora mais de 2000 de existência
Manuscritos do AT e do NT em Grego
É digno de nota que os mais antigos manuscritos (MSS) da Bíblia estão escritos em grego. Esses MSS não são originais saídos das mãos dos sacros autores; são cópias dos originais (os quais eram chamados autógrafos).
Pela ordem cronológica, vejamos os mais antigos MSS existentes da Bíblia em grego.
É digno de nota que os mais antigos manuscritos (MSS) da Bíblia estão escritos em grego. Esses MSS não são originais saídos das mãos dos sacros autores; são cópias dos originais (os quais eram chamados autógrafos).
Pela ordem cronológica, vejamos os mais antigos MSS existentes da Bíblia em grego.
- Códice Vaticanus, ou B – Pertence à biblioteca do Vaticano. Data: 325 d.C. O AT é cópia da Septuaginta. Contém os Livros Apócrifos em separado. É um MS uncial; isto é, só contém maiúsculas.
- Códice Sinaítico, ou Álefe - Pertence ao Museu Britânico, Londres: Data: 340 d.C. Foi descoberto pelo erudito cristão alemão, Tischendorf, em 1844, no Mosteiro de Santa Catarina, ao sopé do Monte Sinai.
- Códice Alexandrino, ou A - pertence ao Museu Britânico, Londres. Data: 425 d.C. Tem este nome por ter sido escrito em Alexandria e porque também pertenceu à sua famosa e grande biblioteca. Em 1621 foi levado à Constantinopla por Cirilo Lúcar, patriarca de Alexandria. Em 1624, Cirilo presenteou este MS ao rei Tiago I, da Inglaterra, o mesmo rei que autorizou o preparo da famosa versão inglesa da Bíblia Authorized Bible, ou King James Version, de 1611. É um MS unicial.
- O Códice Efráemi, ou C - Pertence ao Museu do Louvre, Paris. Data: 345 d.C. É um palimpcesto. Ao ser-lhe restaurada a primeira escrita, constatou-se serem ambos os Testamentos incompletos. O doutor Tischendorf publicou-o em 1845. É bilíngue; grego e latim.
- O Códice Bezae, ou D – Pertence à biblioteca da Universidade de Cambridge, Inglaterra. Data: Século VI. Contém os Evangelhos, Atos e parte das Epístolas.
- Códice Claromontanus, ou D2 - Pertence ao Museu do Louvre, Paris. Data: Século VI. Contém as Epístolas Paulinas. Estes três últimos MSs são todos uniciais.
Os Manuscritos do Mar Morto (200 a. C. a 100 d.C)
Num dia de verão em 1947, o beduíno árabe, pastor de ovelhas Muhamad ad Dhib, da tribo dos Taa'mireh, que se acampa entre Belém e o mar Morto saiu à procura de uma cabra desgarrada nas ravinas rochosas da costa noroeste do referido pastor junto à encosta do úadi Qúmram. Ao atirar uma pedra numa das cavernas ouviu o barulho de cacos se quebrando. Ele entrou na caverna e encontrou uma preciosa coleção de MSS bíblicos guardados em vasos de cerâmica: 12 rolos de pergaminho e envolvidos em panos de linho. Outras cavernas foram investigadas e novos MSS foram encontrados.
É muito edificante sabermos que os textos desses MSS encontrados concordam com os das Bíblias da atualidade. Noutras palavras: a autenticidade da Bíblia é algo irrefutável e indiscutível.
Pesquisas posteriores revelaram que os MSS do Mar Morto foram escondidos nas cavernas daquela região pelos essênios – seita ascética judaica, durante a segunda revolução dos judeus contra os romanos em 132-13 d.C. Os responsáveis por um grande mosteiro agora descoberto, ao verem aproximar-se as tropas de Roma, esconderam ali sua biblioteca. Nas 267 cavernas examinadas, foram encontrados fragmentos de 332 obras ao todo. Nos MSS do Mar Morto trechos de todos os livros do AT, exceto o livro de Ester.
Num dia de verão em 1947, o beduíno árabe, pastor de ovelhas Muhamad ad Dhib, da tribo dos Taa'mireh, que se acampa entre Belém e o mar Morto saiu à procura de uma cabra desgarrada nas ravinas rochosas da costa noroeste do referido pastor junto à encosta do úadi Qúmram. Ao atirar uma pedra numa das cavernas ouviu o barulho de cacos se quebrando. Ele entrou na caverna e encontrou uma preciosa coleção de MSS bíblicos guardados em vasos de cerâmica: 12 rolos de pergaminho e envolvidos em panos de linho. Outras cavernas foram investigadas e novos MSS foram encontrados.
É muito edificante sabermos que os textos desses MSS encontrados concordam com os das Bíblias da atualidade. Noutras palavras: a autenticidade da Bíblia é algo irrefutável e indiscutível.
Pesquisas posteriores revelaram que os MSS do Mar Morto foram escondidos nas cavernas daquela região pelos essênios – seita ascética judaica, durante a segunda revolução dos judeus contra os romanos em 132-13 d.C. Os responsáveis por um grande mosteiro agora descoberto, ao verem aproximar-se as tropas de Roma, esconderam ali sua biblioteca. Nas 267 cavernas examinadas, foram encontrados fragmentos de 332 obras ao todo. Nos MSS do Mar Morto trechos de todos os livros do AT, exceto o livro de Ester.
A razão da falta de manuscritos bíblicos originais
A falta atual de MSS originais provém do seguinte:
- O costume dos chefes religiosos judeus de enterrar todos os MSS estragados pelo uso, ou por qualquer outra razão. Isto, para evitar sua profanação, mutilação, ou interpolação espúria.
- Os reis desviados, idólatras e ímpios de Israel podem ter destruído muitos dos MSS, ou contribuído para isso. Ver o triste episódio relatado em Jeremias 36.20-26.
- O rei bárbaro e opressor Antíoco Epifânio, da Síria (175-164 a.C.), dominou com mão de ferro a Palestina durante o seu reinado. Foi extremamente cruel e sádico. Seu propósito era exterminar a religião judaica. Assolou Jerusalém em 168 a. C.; profanou o Templo e destruiu quantas cópias achou das Escrituras.
- Nos dias do mau imperador romano Diocleciano (284-305 d.C.), por sua ordem, os perseguidores dos cristãos destruíram quantas cópias acharam das Escrituras.
- A literatura judaica afirma que a missão da Grande Sinagoga, presidida por Esdras, foi a de reunir e preservar os MSS originais do AT de que se serviram os setenta tradutores da Septuaginta - a primeira versão das Escrituras do hebraico para o grego, poucos séculos antes de Cristo. Foi nessa Grande Sinagoga que a literatura judaica encerrou o cânon do AT.
Pr. Antônio Gilberto
Muito interessante! Nunca duvidei da autenticidade da Bíblia, afinal seu valor sagrado lhe confere este direito. Como estudante de literatura, estou certa de que traduções e outros procedimentos que visam a perpetuação e sistematização da obra, não interferem no seu conteúdo, apenas na forma.
ResponderExcluirótimo texto, obrigado
ResponderExcluirMuito bom! Todos cristãos deveriam conhecer esta história.
ResponderExcluirEstamos vivendo em tempos de escuridão espiritual pior que na idade media tenho 78 anos estou tateando entre esses diamantes dando graças a Deus por esse trabalho de informações parabéns um dia nós nos encontraremos saudação cristã
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