Um iarmulke, chamado kipá em hebraico, é um tipo de solidéu usado pelos judeus. Alguns o usam o tempo todo, outros apenas durante a reza e na hora das refeições.
A referência bíblica mais antiga à uma cobertura na cabeça encontra-se em Êxodo, 28:4, onde é chamado de mitsnéfet. Fazia parte da vestimenta do Sumo Sacerdote. Em outras referências bíblicas, a cobertura da cabeça e do rosto é encarada como um sinal de luto (Samuel II, 15:30). O Talmude, no entanto, associa o uso de algo para cobrir a cabeça mais com o conceito da reverência a Deus e respeito (pelas pessoas importantes).
A referência bíblica mais antiga à uma cobertura na cabeça encontra-se em Êxodo, 28:4, onde é chamado de mitsnéfet. Fazia parte da vestimenta do Sumo Sacerdote. Em outras referências bíblicas, a cobertura da cabeça e do rosto é encarada como um sinal de luto (Samuel II, 15:30). O Talmude, no entanto, associa o uso de algo para cobrir a cabeça mais com o conceito da reverência a Deus e respeito (pelas pessoas importantes).
A palavra iarmulke é em yídish, mas o seu significado não está claro. Um ponto de vista é de que a palavra deriva de armucella, um objeto usado pelo clero medieval para cobrir a cabeça. Uma explicação mais provável é que a palavra iarmulke esteja relacionada com a palavra francesa arme (análoga ao latim arma), um tipo de elmo redondo medieval, com um visor móvel. Outra palavra yídish para iarmulke é capei, uma forma do latim capitalis, que significa "da cabeça'.
O ponto de vista mais tradicional é de que se trata de uma corruptela das palavras hebraicas 'irá meElohim', temor (reverência) a Deus. Esta idéia se baseia, em grande parte, em uma declaração feita pelo estudioso talmúdico babilônio do século V, Huna filho de José, que disse: "Eu nunca andei quatro cúbitos com a cabeça descoberta porque Deus habita acima da minha cabeça" (Kidushin 31a).
O costume de cobrir a cabeça adquiriu ampla aceitação, mas não por todos. O historiador Israel Abrahams (1858-1925) assinala que no século XIII, "os meninos na Alemanha e na França eram chamados para ler a Torá com a cabeça descoberta."
Na Idade Média, autoridades rabínicas francesas e espanholas consideravam que a prática de cobrir a cabeça durante a oração e ao estudar a Torá não passava de um mero costume. Alguns rabinos eram conhecidos por rezarem com a cabeça descoberta.
Hoje em dia, os judeus ortodoxos e muitos conservadores acreditam que cobrir a cabeça é uma expressão de Yirat Shamáyim ("temor a Deus" ou "reverência a Deus"). Os ortodoxos exigem que a cabeça permaneça coberta o tempo inteiro, ao passo que a maioria dos conservadores acha que a cabeça deve estar coberta durante a oração. Na maioria das congregações reformistas, cobrir a cabeça durante a oração é opcional.
Alfred J. Kolatch
O ponto de vista mais tradicional é de que se trata de uma corruptela das palavras hebraicas 'irá meElohim', temor (reverência) a Deus. Esta idéia se baseia, em grande parte, em uma declaração feita pelo estudioso talmúdico babilônio do século V, Huna filho de José, que disse: "Eu nunca andei quatro cúbitos com a cabeça descoberta porque Deus habita acima da minha cabeça" (Kidushin 31a).
O costume de cobrir a cabeça adquiriu ampla aceitação, mas não por todos. O historiador Israel Abrahams (1858-1925) assinala que no século XIII, "os meninos na Alemanha e na França eram chamados para ler a Torá com a cabeça descoberta."
Na Idade Média, autoridades rabínicas francesas e espanholas consideravam que a prática de cobrir a cabeça durante a oração e ao estudar a Torá não passava de um mero costume. Alguns rabinos eram conhecidos por rezarem com a cabeça descoberta.
Hoje em dia, os judeus ortodoxos e muitos conservadores acreditam que cobrir a cabeça é uma expressão de Yirat Shamáyim ("temor a Deus" ou "reverência a Deus"). Os ortodoxos exigem que a cabeça permaneça coberta o tempo inteiro, ao passo que a maioria dos conservadores acha que a cabeça deve estar coberta durante a oração. Na maioria das congregações reformistas, cobrir a cabeça durante a oração é opcional.
Alfred J. Kolatch
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