Rádio Hinos Inspirados


terça-feira, 8 de outubro de 2013

OS PROFANADORES DA CASA DE DEUS

Lucas 19.45,46:

Mais tarde, entrando no templo, começou a expulsar os que ali estavam negociando, repreendendo-os: “Está escrito! A minha Casa será Casa de oração. Porém vós a transformastes num covil de estelionatários*!””.



*Estelionatários:
ληστης - lestes, de leizomai (saquear)
Ladrão, saqueador, flibusteiro, bandido. Denota alguém que rouba abertamente.

Sinônimo:

κλεπτης kleptes:
Defraudador, ratoneiro. O nome é transferido para falsos mestres, que não cuidam em instruir homens, mas abusam de sua confiança para o seu próprio ganho. Denota alguém que rouba com discrição.

Lembrando o que está escrito no Código Penal:
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.

¹A Casa de Oração torna-se um covil de ladrões, quando:
  1. O Senhor da casa não é reconhecido como Deus;
  2. A adoração e o verdadeiro amor são trocados pela avareza;
  3. A Casa do Senhor é tratada como se não pertencesse a Ele;
  4. Palavras e petições egoístas tomam o lugar da verdadeira intercessão.

¹Nota explicativa sobre ao texto lucano encontrada na King James, Edição de Estudo.


Em Cristo,
Ir. Márcio Cruz

domingo, 15 de setembro de 2013

A CONSTANTE LUTA PELA PUREZA DA NOIVA DO CORDEIRO - 3ª Parte




"...sabendo que estou INCUMBIDO para DEFESA do evangelho" - Filipenses 1.16

"Sede meus IMITADORES, como também eu o sou de Cristo" - 1Coríntios 11.1

 
 
 
 
Interessante como muitos, à semelhança do apóstolo Paulo querem:

1. Ressuscitar mortos (At 20.9,10);
2. Falar muitas línguas (1Co 14.18);
3. Estar diante de autoridades (At 27.23,24);
4. Viajar muito (Antioquia, Listra, Tessalônica, Galácia, Filipos...);
5. Ter revelações (2Co 12.1-4);
6. ...

Mas, infelizmente, poucos se habilitam e se colocam para fazer algo que ele fazia (e fazia muito bem, diga-se de passagem!) e foi incumbido de fazer:

DEFENDER O EVANGELHO!!!


Na era atual, vale tudo para ter os detalhes acima (há uns em que o Curriculum espanta de tão ‘enorme’ que é!), mesmo que meia-verdade e até mentira, sejam apresentadas e vendidas como verdade absoluta e bíblica. Além do quê, o que não falta é gente que adora novidade e esquisitice! Para cada mercado, uma novidade!!!

Para piorar, os tais ainda dizem que imitam o apóstolo. Qual apóstolo, eu não sei! Com certeza, não é o Apóstolo Paulo, senão, a coisa não estaria do jeito que anda em muitos lugares desse rincão brasileiro!


Em Cristo,

Ir. Márcio Cruz

A CONSTANTE LUTA PELA PUREZA DA NOIVA DO CORDEIRO - 2ª Parte



 
"...sabendo que estou INCUMBIDO para DEFESA do evangelho" - Filipenses 1.16
"sereis minhas TESTEMUNHAS tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra" - Atos 1.8b

A Igreja se torna mais forte quando CONSEGUE DEFENDER a fé que professa”.

 
 De que vale o poder político, as portas abertas junto aos governantes, a mídia propagando sucessos inúmeros e o 'carinho' dos demais, quando sequer conseguimos manter a PUREZA que o Cordeiro deseja de nós?

- Ser TESTEMUNHA do Reino, não é dar Glórias a 1.000dB quando a Globo 'convida' para ir a um programa em seus estúdios!
- Ser TESTEMUNHA do Reino, não é receber tapinhas nas costas de pessoas que não querem compromisso algum com Deus!

Ser testemunha do Reino é olhar para os personagens bíblicos que andaram com Jesus, seguiram os Seus passos e buscar fazer o mesmo (1 Pe 2.21; 1Jo 2.6). Ser testemunha do Reino é ler por exemplo, a biografia de Policarpo e ir até as últimas consequências por amor ao Reino de Deus e ao Deus deste Reino!

DE QUE ADIANTA TER UM ESCUDO E NÃO SABER USAR? PIOR: NÃO QUERER!!!

 
Em Cristo,

Ir. Márcio Cruz

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A CONSTANTE LUTA PELA PUREZA DA NOIVA DO CORDEIRO - 1ª Parte



"...sabendo que estou INCUBIDO¹ para DEFESA² do evangelho"

Filipenses 1.16



¹κειμαι - Keimai: INCUBIDO (aqui), é a figura de uma sentinela no seu posto cumprindo a obrigação. No presente contexto pode ter um significado mais metafórico de estar destinado à defesa do evangelho (Charles F. Pfeiffer).

²απολογια - Apologia: DEFESA, uma defesa verbal, baseada em estudo meditativo apurado, sério e sólido para surtir o efeito desejado, ou seja, defender a sã doutrina e assim, salvar o rebanho do Mestre Galileu.


Em ambos os casos (Chamada e Batalha), faz-se necessário:

1. Maturidade
- espiritual, física e psicológica;

2. Compromisso - dar a vida pelo Reino;

3. Qualificação - saber bem o que que vai fazer ou está fazendo.


Abaixo, deixo para reflexão um breve texto do Pr. José Armando S. Cidaco:

"...o livro de Atos ensina-me que a Igreja de Cristo não lutava pela sobrevivência, mas por avivamento. Morrer não era o problema. O problema era a Igreja não estar viva. Folheemos as páginas de Atos, e não encontraremos os servos de Cristo fazendo a mínima questão de se manterem vivos. Para aqueles cristãos, era a obra que tinha de manter viva, ainda que para isso houvessem de morrer. Basta olharmos para homens como Pedro, João, Silas, Tiago, Estevão, Paulo e muitos outros. As perseguições não os fizeram recuar um passo sequer. A Igreja mantinha-se viva porque seus membros estavam dispostos a morrer pela continuidade da obra."


Em Cristo,

Ir. Márcio Cruz

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

JESUS, MALDIÇÕES E PECADOS SOBRE SI




Verdadeiramente ele TOMOU SOBRE SI as nossas enfermidades, e CARREGOU com as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi FERIDO por causa das nossas transgressões, e ESMAGADO por causa das nossas iniquidades; o CASTIGO que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas PISADURAS fomos sarados” – Isaías 53.4,5.

Então foi Jesus com eles a um lugar chamado GETSÊMANE, e disse aos discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar. E, POSTO EM AGONIA, orava MAIS INTENSAMENTE; e o seu suor TORNOU-SE como grandes gotas de sangue, que caíam sobre o chão” – Mateus 26,36; Lucas 22.44.

E, despindo-o, vestiram-lhe um manto ESCARLATE; e tecendo uma coroa de ESPINHOS, puseram-lha na cabeça” – Mateus 27.28,29a.

 
O significado do manto escarlate e a coroa de espinhos são para enfatizar Jesus tomando os pecados do mundo sobre Seu corpo. A Bíblia descreve o pecado pela cor escarlata (Is 1.18) e aqueles espinhos que apareceram logo depois da queda do homem, como um sinal da maldição. Assim, os artigos que Ele usou são símbolos para mostrar que Jesus tomou os pecados (e maldições) do mundo sobre Ele mesmo.
REFLITA SOBRE ISSO!!!
No Meigo Salvador,
 Ir. Márcio Cruz






sábado, 24 de agosto de 2013

ABUTRES NA IGREJA




"E respondeu-lhes: Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão também os abutres - Lucas 17.37b (ARev)".

Pergunta-se como certas coisas podem ocorrer em meio à Igreja. Questiona-se e indigna-se por que tanto abutre se aproveitando das ovelhas nos arraiais brasileiros. É uma pergunta séria. Só que mais séria é a resposta.

A responsabilidade de manter a chama viva é DO líder, que quando movido pelas intenções certas, ou seja, as intenções do Reino, estas aves comedoras de carne morta, sequer chegam perto. Quando ocorre o contrário (o líder deixa-se levar pelo engano do seu coração), os abutres vem aos bandos, e isto é sinal claro que O líder deixou que a morte invadisse o rebanho que o Senhor Jesus entregou em suas mãos para cuidar, zelar, alimentar. A Igreja em Sardes é um exemplo claro: nome de vivo, mas, está morto!

Oremos, mas não esqueçamos de que também somos atalaias!!!

*Ao anjo da Igreja, digo: Lute pela pureza e pela vida do rebanho que o Senhor da Igreja confiou a você!!!
Em Cristo,
Ir. Márcio Cruz

segunda-feira, 29 de julho de 2013

BEMAS PENSOS




Pensando sobre as palavras do SENHOR DA IGREJA às igrejas na Ásia, Aprendendo COM ELE e analisado os BEMAS atuais, sejam estes virtuais ou físicos.


Os 7 mil que não se dobram diante a Baal não são:
  • Reformados;
  • Pentecostais;
  • Inteligentemente teológicos;
  • Amargos;
  • Olhares monocromáticos...

Entretanto, eles são...

  • Dois ou três reunidos em o Nome do Senhor e que fazem a vontade do Pai.

Aprendamos ou reaprendamos, lembremos ou relembremos que “Toda e qualquer comunidade, tem seus prós e contras, seus erros e acertos, joio e trigo”. Basta folhearmos as Sagradas Escrituras e perceber-se-á isto.

Leiamos o texto joanino citado no início da postagem e aprendamos COM JESUS!


*menos KRIMA e mais KRINO.


Em Cristo,

Ir. Márcio da Cruz







quinta-feira, 18 de julho de 2013

CHAVE DE DAVI






Apocalipse 3.7-13

Sexta Carta: À Igreja em Filadélfia.

"Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre: Conheço as tuas obras (eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, que ninguém pode fechar), que tens pouca força, entretanto guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. Eis que farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não o são, mas mentem,-eis que farei que venham, e adorem prostrados aos teus pés, e saibam que eu te amo. Porquanto guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para pôr à prova os que habitam sobre a terra. Venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, donde jamais sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, da parte do meu Deus, e também o meu novo nome. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas".


Uma lição simples e perfeitamente entendível do texto acima:


1. A Chave de Davi no versículo 7, pertence única e exclusivamente a JESUS! ELE não passou procuração dessa chave para NINGUÉM!!!

*Essa chave não tem nada a ver com a chave que Jesus deu a Pedro (Mt 16.19)


2. A porta no versículo 8, ELE (JESUS) já abriu!
Para “atravessá-la” há duas condições:

   a. Guardar a Palavra (119.11; Jo 14.21);
   b. Não negar o Seu Nome (Mt 10.32,33).




Sendo assim, não importa quantas novenas, sextas e quartas-feiras façamos. O que realmente vai “pesar” será o nosso caminhar diário e constante com o Santo e Verdadeiro Dono da Chave de Davi!


Em Cristo,
Márcio Cruz

segunda-feira, 3 de junho de 2013

QUEM É JESUS




João 8.58: "Disse-lhes Jesus: em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou".

"Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz: João 18.37; Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim" - João 14.6.


VERDADE: [Do lat. veritate.]
Substantivo feminino.
1. Conformidade com o real; exatidão, realidade; 2. Franqueza, sinceridade; 3. Coisa verdadeira ou certa; 4. Princípio certo; 5. Representação fiel de alguma coisa da natureza; 6. Caráter, cunho.
Verdade de razão: 1. Filos. Verdade necessária e cujo oposto é impossível.
Em verdade: 1. Conforme a verdade; verdadeiramente; na realidade; de verdade; na verdade.


"Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus" – Sl 90.12; "Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente": Hebreus 13.8. Não significa em primeiro lugar que Deus transcende o tempo, mas, sim, que é infindável no tempo – Stamps, 1995)



EXISTIR: [Do lat. existere, exsistere.]
Verbo intransitivo: O que exprime ação ou estado que não passa ou transita do sujeito a nenhum objeto.
1. Ter existência real; ser; haver; 2. Viver; estar; 3. Subsistir, durar;
Verbo predicativo: verbo de ligação:
4. Permanecer.


“Então, disse Moisés a Deus: Eis que quando vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós". (Êx 3.13,14)”.



- 70 vezes aparece o verbo ser no hebraico que pode ser traduzido por: ser, acontecer, existir (Mitchel, 1983).

- O nome EU SOU soa notavelmente próximo do verbo hebraico SER – HAVAH. É possivelmente uma combinação da forma verbal presente (EU SOU) e do causativo (EU CAUSO O EXISTIR). Yahweh, então, parece significar “EU SOU” e “EU CAUSO”. Deus é “Aquele que é” e “Aquele que causa” (Lucado, 2001).

- Este verbo (EU SOU), numa forma que produz o passado, presente e futuro ao mesmo tempo, dá o nome transliterado Jeová (Yahweh), que indica a natureza eterna e imutável de Deus (Shedd, 1997).

- ...o nome “Jeová” procede do verbo “ser”. A expressão “EU SOU O QUE SOU” revela o caráter de Deus como o Ser que tem existência própria, que é imutável e que causa todas as coisas, logo, o que existe por si mesmo: aquele que é, que era e o que há de vir, o Eterno (Soares, 2002).

- A expressão “EU SOU” significa uma existência que ultrapassa o tempo, e nesta declaração Jesus declarou ter a mesma divindade do grande “EU SOU”, o SENHOR (Jeová – grifo meu), cujo nome significava “aquele que existe eternamente” (Pearlman, 1995).

- Com tais declarações, identifica-se o Senhor Jesus com o Jeová do Antigo Testamento (Êx 3.14). Aliás, gramaticalmente, há uma correlação (relação mútua entre dois termos) muito forte entre ambas as declarações (Andrade, 1996).

- A expressão “EU SOU”, denota existência eterna absoluta (Ryrie, 1976, 1978).


PRECISAMOS DESTE DEUS:

1. IMUTÁVEL (Pois eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos Malaquias 3.6; Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente: Hebreus 13.8.);

2. INCAUSADO (Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus – Salmos 90.12; E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele – Colossences 1.17).

3. INGOVERNADO (Quem guiou o Espírito do SENHOR? E que conselheiro o ensinou? – Isaías 40.13; sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas - Hebreus 1.3)



“EU SOU”
A Bíblia diz que somente o Deus Jeová, de Israel, é “Eu Sou” (Dt 32.39). O texto hebraico diz Ani Hu, “eu [sou] ele”, e aparece também em Isaías 41.4; 43.10; 46.4; 52.6. A Septuaginta traduziu essa expressão por ego eimi, “Eu Sou”, a mesma usada em João 8.58. Mesmo o texto hebraico do Novo Testamento traduz João 8.58 por Ani Hu. O “Eu Sou” de Êxodo 3.14 é ehyeh, em hebraico, Ehyeh Asher Ehyeh, ou seja, “eu sou o que sou”. A Septuaginta traduziu esta expressão por Ego Eimi ho On, ou seja, “Eu Sou o Ser”. Convém ainda salientar que o verbo “ser” está desprovido de tempo, não encerrando, portanto a idéia temporal. Com isso Jesus está afirmando que é Eterno. O conceito de tempo nesse texto recai sobre a palavra prin, que se traduz por “antes”, e o acentuado contraste entre os verbos gregos “existisse” (genesthai)” e eu “sou” (eimi) mostra que mesmo antes de Abraão existir Jesus já existia eternamente – Soares, 2002.


EU SOU NO ANTIGO TESTAMENTO


1. EU SOU O TEU ESCUDO - Gênesis 15.1
2. EU SOU O DEUS TODO-PODEROSO - Gênesis 17.1
3. EU SOU O DEUS DE BETEL - Gênesis 31.13
4. EU SOU O DEUS DE TEU PAI, O DEUS DE ABRAÃO, O DEUS DE ISAQUE E O DEUS DE JACÓ - Êxodo 3.6
5. EU SOU O QUE SOU - Êxodo 3.14
6. EU SOU O SENHOR - Êxodo 6.2
7. EU SOU O SENHOR, QUE TE SARA - Êxodo 15.26
8. EU SOU O SENHOR, TEU DEUS - Êxodo 20.2
9. EU SOU SANTO - Levítico 11.45
10. EU SOU O SENHOR QUE VOS SANTIFICA - Levítico 20.8
11. EU SOU DEUS - Salmos 46.10
12. EU SOU O PRIMEIRO E EU SOU O ÚLTIMO - Isaías 44.6
13. EU SOU O MESMO - Isaías 48.12
14. EU, EU SOU AQUELE QUE VOS CONSOLA - Isaías 51.12
15. EU SOU - Jeremias 1.8
16. Eis que EU SOU CONTRA os que profetizam sonhos mentirosos, diz o Senhor, e os contam, e fazem errar o meu povo com as suas mentiras e com a sua vã jactância - Jeremias 23.31
17. EU SOU CONVOSCO - Jeremias 42.11
18. EU SOU O VOSSO MARAVILHOSO SINAL - 12.11
19. EU SOU O SENHOR JEOVÁ - Ezequiel 13.9
20. EU SOU GRANDE REI - Malaquias 1.14


EU SOU NO NOVO TESTAMENTO

- João registra por Vinte e Uma (21) a declaração “EGO EIMI” de Cristo Jesus. No Evangelho que escreveu, João procura mostrar, mostra e prova que Jesus é o Filho de Deus. Daí o fato de estarem registradas várias declarações do próprio Jesus acerca de quem Ele era. Através de “EGO EIMI”, aprendemos sobre: Sua natureza, caráter, poder e autoridade, ou seja, em tudo semelhante ao Pai: “Façamos o homem à nossa IMAGEM (o qual é IMAGEM do Deus invisível, o primogênito de toda a criação - Cl 1.15), conforme a nossa SEMELHANÇA”;

- Mateus registra Uma (01) vez apenas;

- Marcos Registra Duas (02) vezes.
 
Temos então, um total de 24 vezes em que Jesus Cristo, o nosso Senhor e Salvador declara de si mesmo que Ele é semelhante (pessoa ou coisa da mesma natureza de outra, ou parecida com ela) ao Pai.


1. Jesus disse-lhe: Eu o sou (ego eimi), eu que falo contigo. João 4.26.
2. E Jesus lhes disse: Eu sou (ego eimi) o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede. João 6.35.
3. Eu sou (ego eimi) o pão da vida. João 6.48.
4. Eu sou (ego eimi) o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo. João 6.51.
5. Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou (ego eimi) a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. João 8.12.
6. Eu sou (ego eimi) o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai, que me enviou. João 8.18.
7. Por isso, vos disse que morrereis em vossos pecados, porque, se não crerdes que eu sou (ego eimi), morrereis em vossos pecados. João 8.24.
8. Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do Homem, então, conhecereis quem eu sou (ego eimi) e que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou. João 8.28.
9. Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou (ego eimi). João 8.58.
10. Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou (ego eimi) a porta das ovelhas. João 10.7.
11. Eu sou (ego eimi) a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. João 10.9.
12. Eu sou (ego eimi) o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. João 10.11.
13. Eu sou (ego eimi) o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. João 10.14.
14. Disse-lhe Jesus: Eu sou (ego eimi) a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; João 11.25.
15. Desde agora, vo-lo digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que eu sou (ego eimi). João 13.19.
16. Disse-lhe Jesus: Eu sou (ego eimi) o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. João 14.6.
17. Eu sou (ego eimi) a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. João 15.1.
18. Eu sou (ego eimi) a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer. João 15.5.
19. Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu (ego eimi). E Judas, que o traía, estava também com eles. João 18.5.
20. Quando, pois, lhes disse: Sou eu (ego eimi), recuaram e caíram por terra. João 18.6.
21. Jesus respondeu: Já vos disse que sou eu (ego eimi); se, pois me buscais a mim, deixai ir estes, João 18.8.
22. Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu (ego eimi); não temais. Mateus 14.27.
23. Porque todos o viram e perturbaram-se; mas logo falou com eles e disse-lhes: Tende bom ânimo, sou eu (ego eimi); não temais. Marcos 6.50.
24. E Jesus disse-lhe: Eu o sou (ego eimi), e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu. Marcos 14.62.
25. Vós me chamais Mestre e Senhor (kurios – equivalente ao hebraico Iavé) e dizeis bem, porque eu o sou. João 13.13.


No Eterno,

Ir. Márcio Cruz

SALVAÇÃO – SUA ORIGEM E APLICAÇÃO







 SALVAÇÃO – Sua Origem e Aplicação

Por Norman Geisler






O pecado é uma pré-condição para a salvação; e a salvação não é necessária se não houver pecadores que necessitem dela. Quanto à origem da salvação, existe um consenso universal entre os teólogos ortodoxos: Deus é o autor da salvação, pois apesar de o pecado humano ter a sua origem nos homens, a salvação vem do céu, e tem a sua origem em Deus.


A origem da salvação está na natureza de Deus, que é um Ser amoroso (na sua onibenevolência), já a base da vontade divina em salvar os seres humanos pecadores encontra-se na sua onipotência e na capacidade  concedida por Deus do livre-arbítrio humano.

Como Deus é amor, e pelo fato do amor não poder ser imposto sobre a parte amada (já que, como analisamos, um “amor forçado” seria uma contradição), foi necessário que, caso Deus desejasse amar e ser amado pelas suas criaturas, Ele as criasse livres.

Testemunhos à doutrina do livre-arbítrio humano (tanto anteriores, quanto posteriores à Queda) podem ser encontrados ao longo da história da igreja. Na verdade, com a exceção compreensível de Agostinho - no período posterior da sua vida - , praticamente todos os pais eclesiásticos mais influentes defenderam que a salvação é recebida por uma livre-decisão da parte dos seres humanos. E como Deus é todo-amoroso, Ele, necessariamente, ama a todos. E como o amor entre Deus e as suas criaturas é impossível sem uma livre-decisão (livre-arbítrio), ambas as partes precisam ser livres. Se Deus ama todas as suas criaturas de forma livre e não pode forçar o seu amor sobre elas, existe, portanto, uma condição para se receber este amor: o desejo de ser amado. Em suma, nem todos serão salvos porque nem todos desejam ser salvos (cf. Mt 23.37; 2 Pe 3.9).

Teologicamente, portanto, a salvação se origina na onibenevolência divina e é recebida mediante uma livre-decisão da parte dos seres humanos. A salvação é concedida por um ato de liberdade divina, e é recebida por um ato de liberdade. Francamente falando, este ato de liberdade conta com a ajuda da graça de Deus, mas a sua graça não efetua a salvação sem a cooperação da vontade humana.

A Origem dos Decretos Divinos

A origem da salvação é a vontade de Deus, que decretou desde a eternidade que providenciaria a salvação àqueles que cressem: “do SENHOR vem a salvação” (Jn 2.9).

Como declarou João, os crentes são “filhos [...] os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (Jo 1.13). Paulo acrescenta: “Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece” (Rm 9.16), pois “nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.5). Em suma, a salvação se originou em uma decisão de Deus em nos salvar. De outra forma, ninguém jamais poderia ser resgatado.


A Condição do Conceder versus a Condição do Receber


De igual modo, é necessário que, diante das condições escolhidas por Deus para criar e salvar estas criaturas morais, Ele o faça de acordo com a liberdade que as concedeu.

Logo, não existe nenhuma condição para que Deus conceda a salvação, mas existe uma (e somente uma) condição proposta para se receber o dom da vida eterna: a fé (Atos 16.31; Rm 4.5; Ef 2.8-9). Portanto, o recebimento da salvação está condicionado ao nosso crer. A salvação é incondicional da perspectiva daquele que a concede, mas é condicional do ponto de vista daquele que a recebe (pois este precisa crer para recebê-la). Em suma, a salvação vem de Deus, mas a recebemos por meio da fé: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé” (Ef 2.8).

A Natureza da Graça: Favor Imerecido

A graça, portanto, é um favor imerecido. Aquilo pelo qual trabalhamos é considerado nossa conquista; mas aquilo pelo qual não trabalhamos, não é considerado nossa conquista. Como a salvação vem até nós sem a necessidade de qualquer tipo de obra da nossa parte, concluímos que não nos cabe qualquer mérito nela: a Salvação é “dom gratuito de Deus” (Rm 6.23). A graça salvífica de Deus é o favor imerecido que ele faz por nós.


A Relação entre a Graça e a Ira


Portanto, a rejeição da graça provoca a ira, e sua aceitação gera a salvação. Como já vimos, a exemplo de uma pessoa que se coloca debaixo de uma grande queda d’água como as de Foz do Iguaçu, ou do Niágara com uma xícara virada de cabeça para baixo, o vazio vem da rejeição da graça que é copiosamente derramada sobre a pessoa. Por meio de um simples ato de arrependimento (do ato de virarmos a “xícara” da alma com o lado certo para cima), poderemos receber as bênçãos que sobre nós são derramadas pelo copioso fluxo do amor de Deus.


Não Existe uma Ordem Lógica nos Decretos Divinos


Mas será que não existe, pelo menos, uma ordem lógica nos decretos divinos? Não do ponto de vista dele. Deus não pensa de maneira sequencial (isto é, de maneira discursiva, com uma ideia seguindo a outra). Ele conhece todas as coisas imediatamente e intuitivamente em Si mesmo, já que Ele é simples, eterno e imutável em seu Ser. E como tal, tudo o que Ele conhece e decide é conhecido e executado de maneira imediata e intuitiva, a partir da eternidade como um todo.


Existe uma Ordem Operacional nos Decretos Divinos


É claro que existe uma ordem operacional na execução dos decretos de Deus. Deus desejou eternamente que as coisas acontecessem em uma determinada sequência temporal (uma após a outra), da mesma forma que um médico deseja, antecipadamente, a cura do paciente ao prescrever-lhe, por exemplo, a ingestão de um comprimido por dia, pelo prazo de uma semana. Desse modo, Deus desejou, por exemplo, que a criação ocorresse antes da Queda, e que a salvação fosse proporcionada depois dela.

Não faz sentido falar de uma ordem lógica na mente de Deus, como se ele tivesse um pensamento sequencial a outro. Todos os pensamentos são conhecidos por Deus em uma “co-intuição” eterna. Na qualidade de Ser simples, Deus conhece todas as coisas de forma simples, motivo pelo qual a Bíblia fala de eleição como sendo “segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.5; cf. 1 Pe 1.2) e não baseada em outros atributos, tampouco independente deles. Se fosse assim, haveria uma sequência lógica contraditória em um Deus que não apresenta multiplicidade, nem mesmo nos seus pensamentos.

A Salvação É Proporcionada a todos

A Bíblia e clara e enfática: o desejo de Deus e que todos sejam salvos e, por isso, ele disponibilizou a salvação para toda a humanidade. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida”. (Rm 5.18).

Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram” (2Co 5.14). “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nos a palavra da reconciliação” (2Co 5.19). Deus “quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (1Tm 2.4). “Pois esperamos no Deus vivo, que e o Salvador de todos os homens, principalmente dos fieis” (1Tm 4.10). “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11). “Aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos” (Hb 2.9). “E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1 Jo 2.2).

Desde toda a eternidade, portanto, Deus desejou proporcionar a salvação a toda a humanidade. Dessa forma, Cristo é “o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8; cf. Ef 1.4). A Salvação é aplicada aos que creem, entretanto, apesar da salvação ter sido proporcionada a todos, ela somente se aplica àqueles que creem. Algumas pessoas fazem a seguinte pergunta: “A quem se destinou a expiação?” Os calvinistas firmes respondem responderiam com um “por que”, se a expiação foi direcionada a todos, todos não são salvos. E como a intenção de um Deus soberano poderia ser frustrada?

Se, como argumenta um calvinista firme, a expiação foi direcionada somente a algumas pessoas (os eleitos), concluímos que ela é, portanto, limitada. Isto nos leva ao aparente dilema de que (1) ou a expiação foi direcionada a todos ou (2) ela foi direcionada somente a um grupo (o dos eleitos). Se a intenção foi que ela abarcasse a todos, então todos serão salvos (já que as intenções soberanas de Deus não podem ser frustradas), e se ela não abarcasse todos, ela, logicamente, foi direcionada somente a algumas pessoas (os eleitos). Portanto, aparentemente, ficamos com duas opções: ou o “Universalismo” e verdadeiro ou o e a “expiação limitada” (vide Sproul, CG, 205).

É claro que, tanto os calvinistas moderados, quanto os arminianos tradicionais negam o “Universalismo.” Assim, em resposta ao suposto problema, basta apontarmos que este argumento contém um falso dilema. Existe uma terceira alternativa: a expiação teve a intenção de proporcionar (oferecer) a salvação para todos, bem como aplicar a salvação a todos os que crerem.

Em suma, o problema é uma falsa dicotomia, a qual assume, erroneamente, que (1) houve somente uma intenção na expiação, ou (2) que o propósito único da expiação foi aplicar a salvação aos eleitos. Na verdade, como Deus também queria que todos viessem a crer, Ele também teve intenção de que Cristo morresse para proporcionar a salvação a todas as pessoas. A alternativa — da expiação limitada — leva a negação de que Deus verdadeiramente queria que todas as pessoas fossem salvas — uma concepção que contraria a sua onibenevolência, tal qual esta é revelada nas páginas das Sagradas Escrituras.

A salvação, portanto, foi proporcionada a todos, mas se aplica somente aqueles que creem. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; e dom de Deus” (Ef 2.8). “A justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem” (Rm 3.22). Como também já estudamos, nós somos “justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue” (Rm 3.24,25).

sexta-feira, 31 de maio de 2013

SACRIFÍCIO E SANGUE





"Mas Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados, por meio do maior e mais perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é, não desta criação), e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção. Porque, se a aspersão do sangue de bodes e de touros, e das cinzas duma novilha santifica os contaminados, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará das obras mortas a vossa consciência, para servirdes ao Deus vivo? E por isso é mediador de um novo pacto, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões cometidas debaixo do primeiro pacto, os chamados recebam a promessa da herança eterna".

Carta aos Hebreus 9.11-15


Canção do vídeo: SACRIFÍCIO, Ministério Amigo Íntimo.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

DISPENSAÇÃO - A OIKONOMIA DE DEUS






e de um só fez todas as raças dos homens, para habitarem sobre toda a face da terra, determinando-lhes os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação”.
Atos 17.26

A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar aos gentios as riquezas inescrutáveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou, para que agora seja manifestada, por meio da igreja, aos principados e potestades nas regiões celestes, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor”.
Efésios 3.8-11


DISPENSAÇÃO - O termo em português, “dispensação”, é uma tradução do grego “oikonomía”, não raro traduzido por “administração” nas traduções mais modernas. “Oikonomía” é uma justa posição de “oikos”, que significa “casa”, e “nomos”, que significa “lei”. Ela descreve o gerenciamento ou a administração dos assuntos de um lar. Doutrina originalmente elaborada por John N. Darby (1800 - 1882), líder dos Irmãos Plymouth e firmou-se por C. I. Scofield a partir de 1909 com a publicação da Bíblia de Referência de Scofield, segundo a qual a atividade de Deus na História acha-se dividida em sete dispensações. Em 1924, foi fundado o Seminário Teológico de Dallas com o propósito específico de treinar homens na Teologia Dispensacionalista.

É uma economia divina específica, um comprometimento de Deus com o homem de uma responsabilidade de desincumbir-se daquilo que Deus lhe designou. Integram o estudo das eras bíblicas, do tempo, dos tempos, dos dias bíblicos, e da eternidade e são o modo de Deus revelar-se, de tratar com o homem, de testar o estado espiritual do povo em determinado espaço de tempo. Em suma: é uma fase de prova moral. Encontramos o vocábulo equivalente à dispensação (oikonomía) no original em 1Co 9.17, Ef 3.2 e Cl 1.25. Embora, Vine diga que “uma “dispensação” não é um período ou época (uso comum, mas errôneo, da palavra), mas um modo de procedimento, um arranjo ou administração de assuntos”, o conceito de “oikonomía”, entretanto, pode dar-nos suporte para entender como a Soberania Divina trabalha em relação à Sua criação e revelar Sua Graça para com ela.

Wesley, em várias passagens de seus escritos, refere-se à obra de Deus Pai como Criador e Administrador. Como Administrador, Wesley explica: “Portanto, sempre que Deus age como Administrador, como recompensador ou punidor, não age mais como Soberano de acordo apenas com a Sua vontade e prazer; mas como juiz imparcial orientado em todas as coisas por sua justiça invariável”.

Charles Ryrie comenta: “O dispensacionalismo enxerga o mundo como um lar governado por Deus. Nesse mundo-lar, Deus delega ou administra seus assuntos conforme a própria vontade e em vários estágios ao longo do tempo. Estes estágios assinalam variadas disposições de recursos na concretização de seu propósito maior. Estas disposições são as dispensações. Compreender as diferentes disposições dos recursos de Deus é essencial para uma correta interpretação de sua revelação em meio às várias dispensações”.

As dispensações têm de ser vistas como etapas da revelação de Deus, e não como modos distintos do homem se salvar. Pois só há um meio de nos salvarmos: aceitar integralmente a Graça que nos oferece o Senhor. Em todas as dispensações, a Graça foi abundantemente dispensada. Além do que, um estudo do plano de salvação sob cada dispensação acrescenta facetas à sotereologia que nenhum sistema totalmente desenvolvido pode negligenciar.

Claro que há quem não aceite a Teologia das Dispensações (ou parte delas), porém no Seu trato com a raça humana, é indiscutível o fato de que Deus, na revelação progressiva de Sua pessoa, apresenta padrões diferentes com os diferentes povos da Bíblia de acordo com os diferentes períodos da História Bíblica.

Lewis S. Chafer, diz: “Negar estas várias divisões, contudo, unidas como são a respeito de diferentes propósitos revelados de Deus, é cessar de ser influenciado devidamente pela Escritura que Deus falou”.

Algumas promessas, ordenanças e princípios passam de uma dispensação para outra, enquanto que outras são anuladas e substituídas por novas revelações. Deus revelou sete dispensações nas Escrituras:


1. INOCÊNCIA: Gn 2.7 a 3.24. Da criação do homem à sua queda.
2. CONSCIÊNCIA: Gn 4.1 a 7.23. Da queda do homem ao dilúvio.
3. GOVERNO HUMANO: Gn 8.15 a 11.9. Do dilúvio a Abraão.
4. PATRIARCAL / PROMESSA: Gn 12 a Êx 19. De Abraão a Moisés.
5. LEI: Êx 19.8 a João 19.30. Do Sinai ao Calvário.
6. GRAÇA ou IGREJA: Da 1ª a 2ª vinda de Jesus (Jo 1.17). É de âmbito universal. A salvação depende da aceitação ou rejeição de Cristo (Jo 1.12,13; 3.16).
7. MILÊNIO / REINO: duração: mil anos. Abrange dos juízos das nações ao juízo final. É a dispensação do governo divino na Terra.

As dispensações nos capacitam a compreender corretamente o cronograma profético de Deus para a história. Na atual era, o instrumento que Deus utiliza para agir é a Igreja, não Israel. Todavia, para que o resto da profecia de Daniel (Dn 9.25-27) se cumpra literalmente, tal qual as 69 semanas, a Igreja deve ser removida da terra. Este evento é chamado de “arrebatamento”. Pode acontecer a qualquer momento e deverá preceder os sete últimos anos do decreto de Deus para Israel, conhecidos como a Grande Tribulação.


Que o Espírito Do Deus das Alianças seja contigo!!!

nEle, o Criador e Administrador de tudo,

Ir. Márcio da Cruz


 Bibliografia:

  • Antônio Gilberto. Manual da Escola Dominical, CPAD, 1997.
  • Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos e John Rea. Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, 2010.
  • Claudionor C. de Andrade. Dicionário Teológico, CPAD, 2000.
  • José Apolônio. Lições Bíblicas Jovens e Adultos, CPAD, 3º Trimestre de 1985.
  • Edward Robinson. Léxico Grego do Novo Testamento, CPAD, 2012.
  • F. Wilbur Gingrich e Frederick W. Danker. Léxico do Novo Testamento Grego / Português, Edições Vida Nova, 1991.
  • Manual Bíblico de Halley, Editora Vida, 2002.
  • Kenneth J. Collins. Teologia de John Wesley, CPAD, 2010.
  • Lewis S Chafer. Teologia Sistemática, Volume IV, Hagnos, 2003.
  • Norman Geisler. Teologia Sistemática, volume II, CPAD, 2010.
  • Orlando Boyer. Pequena Enciclopédia Bíblica, CPAD.
  • Tim LaHaye e Ed Hindson. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, CPAD, 2008.
  • W.E. Vine, Merril F. Unger e William White Jr. Dicionário Vine, CPAD, 2002.
  • Werner, Kaschel e Rudi Zimmer. Dicionário da Bíblia de Almeida, SBB, 2003.